VALOR DOS MANDAMENTOS DA IGREJA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
A Igreja por ser Mãe e Mestra estabeleceu cinco mandamentos, visando o progresso da vida espiritual dos seguidores de Cristo. Insiste, então na participação nas Missas aos Domingos e dias santos de guarda, na obrigação de se confessar ao menos uma vez cada ano, de comungar ainda que seja pela Páscoa da Ressurreição, de jejuar e abster-se de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa e contribuir com o dízimo. O objetivo da Igreja é facilitar a observância do que Cristo ensinou, dando normas práticas para cumprir o que está no Evangelho. O homem foi criado para ser eternamente feliz, mas para conseguir essa eterna felicidade no reino de Deus não basta crer as verdades que a religião ensina, é necessário ainda empregar os meios para cultuar a divindade. Asseverou Jesus: “Nem todo o que me diz; - Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 721). O propósito eclesial é detalhar alguns aspectos fundamentais daquilo que Deus quer. A Igreja é a sociedade dos filhos da redenção, sociedade perfeita, santa e infalível, cujo chefe invisível é o próprio Cristo. Este, subindo ao céu, entregou à Igreja a salvação de suas ovelhas e para isso conferiu-lhe todos os poderes. A autoridade da Igreja provém, de fato, de seu Fundador. Este poder está a serviço da santificação e salvação das almas. Para conseguir esse resultado ela tem os seus mandamentos, que todo cristão deve observar. Deus nos ordenou no Decálogo que O amássemos sobre todas as coisas e impôs a obrigação de lhe consagrar um dia da semana e a Igreja nos ensina como devemos adorá-lo e como podemos santificar o domingo, participando do santo Sacrifício da Missa. Cristo impôs o preceito de confessar os pecados e de receber a santa comunhão e a Igreja determina a época em que convém cumprir esse dever. Deus ainda ordena a fazer penitência e a Igreja indica os meios de pôr em execução esse preceito divino, lembrando o jejum e a abstinência. A contribuição para o culto divino aparece como uma norma em várias passagens bíblicas e a Igreja orienta os fiéis como colaborar com o dízimo e lhes explica a pedagogia deste gesto sublime. Cumpre, por tudo isto, bendizer esta Igreja que indica a seus filhos o caminho seguro de amar e servir a Deus, afim de que todos possam um dia ter entrada na pátria da ventura eterna. Antes de tudo, a Missa dominical e nos dias de preceito, na qual se recebe a bênção de Cristo, na qual o cristão mostra estar disposto a passar santamente a semana. Em segundo lugar o sacramento da Confissão, para que o peso dos pecados não seja um obstáculo na marcha para a eternidade. Depois a Comunhão para robustecer cada um .para as lutas diárias. Em seguida, a mortificação dos sentidos pelo o jejum e pela abstinência, para que as ilusões do mundo não desviem da prática das virtudes e, finalmente, o reconhecimento do supremo domínio de Deus com uma doação destinada à glória divina. Eis o que são os mandamentos da Igreja, meios poderosos e eficazes, recursos de que Deus se serve para santificar os epígonos de Cristo. Felizes os que obedecem aos cinco mandamentos desta Igreja, porque vão beber nas fontes do Salvador, vão de encontro à prática da penitência, atraindo com uma modesta contribuição as bênçãos do céu. Todo cristão deve procurar a própria perfeição no estado de vida a que Deus o destinou e as palavras de Jesus foram claras: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” ( Mt 5,48). Ora, um dos meios para se atingir este belo ideal é, exatamente, a obediência às cinco normas eclesiásticas de enorme valor pedagógico, que conduzem à santificação pessoal. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
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