sábado, 23 de junho de 2012

A GRANDEZA DO SACERDÓCIO

                       A GRANDEZA DO SACERDÓCIO
                                   Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O sacramento da Ordem foi instituído por Cristo para perpetuar sua missão salvadora no mundo. A excelência da dignidade sacerdotal procede toda das sublimes funções que tem a desempenhar no mundo. O padre é o emissário de Deus, encarregado de zelar pelo culto divino e de transmitir as graças da Redenção aos que têm fé.  Afirmou São Paulo: “Nós somos os embaixadores  a serviço de Cristo” (2 Cor 5,20). Jesus assim se expressou: “Como meu Pai me enviou, eu vos envio. Ide, ensinai todas as nações. Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mc 16,15). Disse também: “Aquele que vos ouve a mim ouve; aquele que vos despreza a mim  despreza, e aquele que me despreza, despreza aquele que me enviou” (Lc 10,16). É, de fato, grandiosa e sublime essa missão do sacerdote. Ele goza de uma autoridade e de uma especial predileção do  Filho de Deus que declarou aos apóstolos: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; chamei-vos,  amigos, porque vos ensinei tudo o que ouvi de meu Pai celeste” (Jo 15,15). Semeador da semente celestial que é a palavra de Deus, o padre prega, orienta, abençoa e traz o pecador arrependido de volta à amizade do Ser Supremo. Consagra o Corpo e Sangue de Jesus e O distribui aos fiéis. É o guardião da ortodoxia. É o pastor encarregado de proteger e de salvar o rebanho de Cristo. Como médico das almas sana as chagas feitas pelo pecado e lhes  restitui   a vida da graça santificante. O padre é, deste modo o mediador  entre Deus e os homens, mostrando continuamente que na outra margem da vida alguém está à espera dos que cumprirem os seus deveres e observarem os mandamentos: Jesus de Nazaré. Nem sempre a missão do padre é compreendida, mas ele encontra no Mestre divino a fortaleza para carregar as cruzes que a Providência lhe vai enviando, repetindo com São Paulo: “Eu tudo posso naquele que é a minha fortaleza” (Fl 4,13). Quando, porém, lhe chegam os aplausos humanos, ele não se vangloria, mas repete no íntimo de seu coração que tudo que realiza é  para glória e honra de Deus e bem das almas. Ao Criador atribui o benefício que tenha feito. Lembra-se, então, das palavras do Apóstolo: “Que tendes que não recebestes? E  se o recebeste, porque te glorias como se não o tivesses recebido?” (1 Cor 4,7). O padre, homem como os outros, nada tem de que se possa envaidecer, dado que o poder que tem lhe vem  de Deus e não lhe foi dado para satisfazer a sua presunção, mas para o felicidade de todos, lhes enriquecendo os corações com as benesses celestiais. Vive então o que falou São Paulo: “Eu plantei, Apollo regou, mas só Deus dá o crescimento. Portanto aquele que planta nada vale, nem aquele que rega, mas Deus que faz germinar e crescer” (1 Cor 3,7).  O padre  está, portanto, convencido de que é um simples intermediário divino e que apenas Deus confere a graça e a salvação. Por isto, procura ser humilde, puro e santo, para que o seu nome esteja escrito no céu e o seu ministério seja útil aos homens e agradável a seu Senhor. Cada sacerdote sabe que é  o santuário privilegiado no qual reside  Cristo para, através dos séculos, salvar as almas. É o representante e o vigário de  Cristo na terra.  Unido ao Salvador o padre repete o que disse Paulo de Tarso: “Vivo, mas não sou eu quem vive, é  Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).  O sacerdote é o homem que coloca as suas forças, o seu coração e a sua voz à disposição de Jesus, para fazer ressoar a palavra divina nas almas. A palavra de Jesus é santa, imutável, eterna e poderosa, penetrando nas consciências, purificando os corações e santificando as almas.  O momento mais marcante na vida de um padre é quando ele está no altar e toma em tuas mãos a hóstia  e o vinho a serem consagrados e, com as mesmas palavras de Cristo na última Ceia,  pode renovar de modo incruento o Sacrifício do Gólgota.. Eis porque existe em todo sacerdote de um modo peculiar o fascínio da Santa Missa na qual ele se une tão intimamente ao Mestre divino. Este fervor é comunicativo e aí está a razão pela qual muitas vocações são suscitadas, por verem tantas crianças e jovens a felicidade estampada no rosto do Celebrante. Este, de fato, inocula sempre em tantos corações magnânimos o desejo de ser Padre para continuar a obra salvadora do Filho de Deus. Cumpre, porém, aos fiéis rezarem sempre pelas vocações, obedecendo a ordem de Cristo: “Rogai ao dono da messe para que envie operários parA sua messe (Mt 9,18). * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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