sexta-feira, 28 de junho de 2013

O POVO TEM RAZÃO

O POVO TEM RAZÃO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*, da Academia Mineira de Letras.
Diante das manifestações populares por todo o Brasil algumas medidas tomadas pelos governantes mostram claramente que o povo tem razão. Os jornais publicaram agora que o Governador de São Paulo cortou gastos de R$ 350 milhões, decidindo vender 4 mil carros e helicópteros e fundir autarquias. O senador Aécio.Neves, pediu à presidente diminuísse o número de ministérios e que cortasse pela metade o número de cargos comissionados na União, hoje cerca de 22 mil!. Dilma também é cobrada a explicar os gastos astronômicos com suas viagens no Brasil e no exterior. A repercussão na imprensa mundial está também ajudando e muito a que os políticos tomem consciência de suas responsabilidades na administração do dinheiro público. O Brasil é um dos países do mundo no qual os impostos são altíssimos e o povo não recebe em troca os serviços básicos a que tem direito.  Tonitruante é a propaganda governamental de combate à pobreza no Brasil. No entanto, quem procura se eximir dos sofismas, percebe que o alvo não é atingido, exatamente porque o cerne da questão não é focalizado. O grande problema brasileiro é a desigualdade social. A tese defendida por cientistas sociais é a de que o Brasil não carece de recursos, mas estes é que não são direcionados sabiamente para erradicar o pauperismo que reina nesta nação. Daí ser inócua a luta para que haja bem-estar para todos os patrícios. Adite-se que, segundo os jornais, a Bolsa Família tem problemas em 90% de cidades auditadas! A desigualdade na distribuição da renda vem também do desestímulo para um trabalho eficiente e com renda suficiente para o sustento de uma família. Poucas são as oportunidades de inclusão econômica e social do que resulta que o cidadão que nasceu pobre, vai morrer na penúria. Donde a necessidade da promoção do investimento social dirigido à educação em todos os níveis, nutrição, saúde, habitação, abastecimento d’água potável e saneamento, assim como a projetos de desenvolvimento de infra-estrutura com uso intensivo de mão-de-obra, a fim de reduzir a pobreza. Triste a declaração de um antigo jogador de futebol de que uma Copa do Mundo não se faz com hospitais. O resultado está aí: gastos fabulosos com estádios que vão ficar às moscas em muitas cidades, inclusive em Brasília. É triste, além disto, o que se observa nas favelas das grandes Metrópoles brasileiras e na periferia das demais urbes e vilarejos. Por tudo isto, mecanismos financeiros inovadores de caráter multilateral são instrumentos essenciais para alcançar a erradicação da pobreza. O dispêndio não adequado dos gastos públicos, se dirigidos aos setores sociais, à infra-estrutura básica, sem dúvida, contribuem eficazmente para melhorar a situação dos que se acham mergulhados numa inditosa situação. Que as manifestações ordeiras continuem, pois mostram que o povo tem razão!








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