O QUE NENHUM PAPA PODE APROVAR
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Entre o tumulto de opiniões as mais irrisórias as quais estão disseminadas na mídia, comentando a renúncia do Papa Bento XVI estão assertivas completamente errôneas, afirmando, inclusive, que um Chefe da Igreja atualizado, moderno, poderá inclusive ir contra a Lei divina.
O Papa, seja ele quem for, não aprovará nunca o aborto e a eutanásia, que são contra o quinto mandamento da lei de Deus; a homossexualidade como livre opção sexual, que vai contra o sexto mandamento e recomendará sempre a castidade..
O Papa Bento XVI está sendo injustamente condenado pelos tribunais anticlericais por não ter cedido a nada que afronta o Decálogo.
A Igreja não transigirá nunca diante do que Deus estabeleceu. Ela continuará sempre a pregar a Verdade doa a quem doer.
A História com o passar do tempo irá mostrar ainda mais a grandiosidade do pontificado de Joseph Ratzinger e, por certo, ratificará aspectos positivos que inúmeros bons historiadores já estão focalizando.
O esforço de erigir padrões de julgamento é a anti-história. O que se exige, isto sim, é a análise profunda do que aconteceu. Busca das conexões causais, das significações, dos valores. Daí a necessidade do cientista social apreender, diagnosticar e explicar. Não é sua tarefa julgar e quem é movido por uma subjetividade condenável.emite juízos de valores que deturpam inteiramente os fatos e os personagens neles envolvidos.
A História, enquanto ciência, é a testemunha das épocas, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a mensageira da antiguidade. O tempo passado orienta o presente e o porvir.
É preciso dar tempo ao tempo para uma hermenêutica não passional do que foi o pontificado de Bento XVI e cumpre não se aceite a superficialidade com que o mandato do atual Papa vem sendo mostrado.
Percebe-se, além disto, por parte de certos comentaristas um profundo ódio à Igreja católica e se pugna pela desestruturação completa da instituição estabelecida por Jesus Cristo.
A História não pode ser exercitada como apoio a um projeto político, a uma ideologia, ou a outra finalidade qualquer, porque se isto ocorrer haverá infalivelmente a manipulação dos fatos, das idéias e se distorcerá inteiramente a verdadeira postura de qualquer personagem.
Nada mais indesejável do que uma interpretação preconceituosa de fatos e pessoas.
O novo Papa que sucederá Bento XVI encontrará novos problemas, mesmo porque a sociedade se transforma continuamente por força do progresso tecnológico e científico, mas saberá, com discernimento, guiar os fiéis, como o fizeram seus antecessores. Estará firme na defesa da fé, lutando contra o relativismo e todos os erros que contradigam a Verdade revelada e o Decálogo sagrado. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
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