A
IGREJA CATÓLICA NO MUNDO
Côn. José Geraldo Vidigal de
Carvalho*
 Os fiéis que
pertencem à Igreja Católica professam os mesmos dogmas, que são a garantia da unidade
de fé e obedecem ao Papa.  
         Este,
como sucessor de Pedro, tem, por instituição divina, poder supremo, pleno,
imediato e universal na cura das almas.  Procura o bem comum da Igreja universal e o
bem de cada uma das Igrejas particulares, tendo o primado do poder ordinário
sobre todas as Igrejas. É preciso se tenha claro, porém, no que diz respeito às
Igrejas Orientais Católicas  que  elas são Igrejas “sui generis”, isto é, são
autônomas para legislar de modo independente 
a respeito de seu rito e da sua disciplina, mas não no que diz respeito
às verdades dogmáticas e  todas  estas Igrejas obedecem o Soberano Pontífice,
atualmente o Papa Francisco.
 Este trecho
do Decreto sobre as Igrejas Orientais Católicas, do Concílio Ecumênico Vaticano
II,  é sumamente elucidativo: “A Igreja
santa e católica, Corpo Místico de Cristo, consta de fiéis que se unem
organicamente pela mesma fé, pelos mesmos sacramentos e pelo mesmo regime no
Espírito Santo, coligando-se em vários grupos unidos pela hierarquia,
constituem as Igrejas particulares ou os Ritos. Entre elas vigora admirável
comunhão, de tal forma que a variedade na Igreja, longe de prejudicar-lhe a
unidade, antes a manifesta. A intenção da Igreja católica é que permaneçam
salvas e íntegras as tradições de cada Igreja particular ou Rito, bem como
quer, igualmente, adaptar seu modo de vida às várias necessidades dos tempos e
lugares”.
 O Concílio preconiza
a preservação do patrimônio espiritual das Igrejas Orientais. Fala da
importância  dos Patriarcas Orientais, da
disciplina dos Sacramentos, do culto divino. Salienta que “As Igrejas Orientais
que vivem em comunhão com a Sé Apostólica de Roma, compete a peculiar obrigação
de favorecer, segundo os princípios do Decreto “Sobre o Ecumenismo” deste S.
Sínodo , a unidade de todos os cristãos, principalmente os orientais, pela oração
sobretudo e pelo exemplo de vida, pela fidelidade religiosa para com as antigas
tradições orientais, por um melhor conhecimento mútuo,  pela colaboração e estima fraterna das coisas
e das almas”.  
É preciso, portanto, orar  sempre pela unidade de todos os batizados em
torno da Cátedra de Pedro na mais absoluta fidelidade ao Papa, chefe da Igreja
católica em todo o mundo. 
Deve também ficar sempre claro o que são Igrejas
Católicas Autônomas, pois nem sempre os sites que falam sobre o assunto
esclarecem princípios fundamentais sobre este tema. 
Não há autonomia alguma no que tange aos dogmas e ao
poder universal do Papa.
* Professor no
Seminário de Mariana durante 40 anos.
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