sexta-feira, 12 de abril de 2013

MISSÃO DO CRISTÃO

MISSÃO DO CRISTÃO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Cabe ao autêntico cristão procurar compreender sempre a figura de Jesus, Sua palavra e suas ações.  Então entenderá que o Mestre divino agiu e viveu de acordo com os planos eternos da Trindade e não de acordo com programa e desejos próprios. Tal deve ser a conduta de seu discípulo que adere inteiramente à vontade divina e não se deixa levar pelos seus caprichos. Apenas assim poderá cada um anunciar o verdadeiro conteúdo do Evangelho.
Trata-se de manifestar uma existência atrelada aos desígnios do Ser Supremo. Jesus tudo realizou a partir do Pai e para o Pai. Eis por que urge a disponibilidade de se empenhar na escuta das inspirações do Alto para a elas se conformar e, deste modo, poder modificar o mundo. É necessário crer que Jesus é a presença do Deus vivo entre os homens. Nele Deus e o ser racional, o Criador e o cosmo, o Eterno e o tempo entram em contato vivificador, colocando-se em estado de redenção. Cristo depôs todo pecado do mundo no amor infinito de Deus e nele dissolveu a maldade humana.
Aceitar Cristo e O levar por toda parte é entrar no espaço de transformação e expiação universal. É por isto que se diz: “Se és cristão, tens o mundo nas mãos” Cristo crucificado e ressuscitado se tornou a Arca da viva da Nova Aliança.
 A tarefa do cristão é fazê-lo conhecido e amado e nisto consiste a essência da evangelização. Segundo a ordem expressa do Redentor o Evangelho deveria ser levado a todos os recantos da terra. Tarefa missionária imprescindível, mas que enfrentaria sempre os falsos pregadores e os devaneios dos deturpadores da mensagem do Filho de Deus, bem como o falso testemunho de tantos cristãos dentro da Igreja verdadeira. Nem todos saberiam agir continuamente sob o olhar de Deus e proceder como deveriam fazer sob a sua vista.
Além disto, muitos não compreenderiam que o anúncio do Evangelho permaneceria sempre sob o signo da cruz, ou seja, exigiria em todos os tempos muito sacrifício, disponibilidade total, despojamento pessoal.
A cruz seria o sinal do Salvador, dado que na pugna contra a falsidade e a violência das forças do mal não haveria outra arma senão o testemunho do sacrifício a favor de difusão do Reino de Deus.
O que falta, porém, tantas vezes é a fé viva na força da palavra de Deus que deve ser anunciada como merecedora de absoluta confiança. Então será possível compreender que Jesus é o verdadeiro profeta junto do qual o homem depara à paz, a tranquilidade, a imperturbabilidade por se sentir verdadeiramente salvo.
Deste modo, muitos poderão reconhecer que Ele á, de fato, a “Luz verdadeira que ilumina todo aquele que vem a este mundo” (Jo 1,9), pois o que Ele ensinou leva ao essencial, ou seja, a uma vida totalmente alicerçada em Deus que é a fonte da verdadeira felicidade.
* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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