terça-feira, 17 de abril de 2012

JESUS ESTÁ VIVO

JESUS ESTÁ VIVO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Verbo Divino se fez homem e habitou entre nós foi o magno acontecimento da história humana (Jo 1,14). Ele se apresentou aos homens e lhes transmitiu mensagens maravilhosas e pôde demonstrar que era a luz do mundo; o princípio e o fim; o caminho, a verdade e a vida. Multidões ficaram seduzidas pelo encanto de sua palavra. Ele ensinou, consolou, deu saúde aos enfermos. As leis da natureza obedeceram ao seu poder e Ele fez milagres estupendos, visando mostrar que era verdadeiramente o Filho de Deus, o Messias prometido. Por ser Redentor morreu sacrificado no alto de uma Cruz e tanto poder, tantos prodígios, tanta grandeza, pareciam aniquilar-se em uma sepultura. Três dias depois de sua morte, porém, Ele ressurgiu dos mortos e reapareceu vivo e glorioso. As testemunhas às quais Ele se manifestou proclamaram: “Jesus está vivo”! Ele mesmo explica a todos que têm fé: “Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves da morte e da região dos mortos. (Ap 1,18). É que sua cruz tornou-se um trono, o seu túmulo um altar e ele pôde se revelar como o Rei imortal dos séculos. Sua Igreja anuncia sempre: “Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera”! Ele é a personagem mais famosa de todos os tempos. A existência desse homem extraordinário é o ponto culminante da história, onde se encontram o Antigo e o Novo Testamento e para onde convergem todos os acontecimentos. Ele é, realmente, Deus e homem verdadeiro. Isto é certamente algo de grandioso, de prodigioso e de divino, e na terra ainda não se viu outra figura mais portentosa e cercada de tanto amor. Eis porque é tão necessário se penetrar fundo no mistério da Encarnação da Segunda Pessoa da Trindade Santa. Nele duas naturezas, a humana e a divina, mas uma só Pessoa. Como há no homem um corpo e uma alma profundamente distintos e, entretanto, harmonicamente unidos, há em Cristo duas naturezas, a natureza divina, que possui desde toda a eternidade, e a natureza humana, tomada no seio da Virgem Maria. Ele é verdadeiramente homem, dado que Ele tem um espírito, uma imaginação, uma sensibilidade, uma vontade, um coração e um corpo semelhantes aos nossos e, após sua ressurreição, corpo glorioso, como o será, um dia, o corpo de cada um que nele crê (1 Cor 1,44-46). Ao mesmo tempo, Ele é Deus, verdadeiro Deus com o Pai e o Espírito Santo. Ele é homem, porque sofreu todas as nossas dores e misérias, mas é também Deus, porque nele aparecem todos os atributos divinos, o infinito da sabedoria, do poder e da glória. É Ele o representante mais sublime da humanidade e mais do que isso, Ele é simultaneamente o Verbo Eterno de Deus. Mais corretamente que Pilatos lá no Pretório, proclamamos: Eis o Homem Deus! Adoremo-lo, amemo-lo, sirvamo-lo, porque Ele tomou sobre si os pecados de uma humanidade prevaricadora e redimiu a todos com imensa dileção. Nele se encontra a felicidade e a salvação. Fora dele só tristeza e miséria. Cumpre acatar o seu convite divino: “Vinde a mim todos vós que padeceis e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Feliz aquele que nele depara seu único refúgio. Ele está a dizer a cada um de seus seguidores: “Eu ressuscitei e estou contigo”. A presença dele na vida de seus epígonos é a grande realidade dentro da história humana. Por ele milhares se sacrificam todos os dias e cumprem o seu dever com determinação e entusiasmo, se santificando à luz de sua ordem: “Sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48) e a repetirem com São Paulo: “Jesus Cristo, é sempre o mesmo, hoje, amanhã e por todos os séculos” (Hb 13,8)! Ele é o sol que veio para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para orientar os nossos passos no caminho da paz (Lc 1,78-79). * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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