terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

COMUNHÕES SACRÍLEGAS

COMUNHÕES SACRÍLEGAS
Côn.José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O desejo de comungar deve conduz o cristão a viver em estado de graça, condição elementar para se receber o Corpo de Cristo.
O alerta de São Paulo serve então de diretriz: “Examine-se, pois, a si mesmo o homem e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que come e bebe indignamente será réu do corpo do Senhor” (l Coríntios 11-28).                                             Aliás,, a Didaqué, o catecismo dos primeiros cristãos, livro do 1o século, declara: “Reuni-vos no dia do Senhor, parti o pão, e celebrai a Eucaristia, depois de terdes confessados os vossos pecados a fim de que o vosso sacrifício seja puro ... Porque o Senhor assim disse: “Em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura”. São Cipriano, no século 2o, chama a comunhão “bebida santificada pelo Santo do Senhor”. E numa de suas epístolas adverte para que não se dê a Eucaristia precipitadamente aos apóstatas arrependidos pois “apesar de ainda não terem feito a penitência, já são admitidos a comungar e, assim, profanam a Eucaristia, isto é, o corpo santo do Senhor”. Não se pode comungar nunca em estado de pecado grave.
 Quem cometeu um pecado mortal, deve parar de receber o Santíssimo Corpo de Cristo até que faça uma boa confissão, Precisa continuar cumprindo o dever da Missa dominical, mas não pode comungar. Procure, logo que possível, recuperar a graça santificante através de uma boa Confissão.
Comungar em pecado mortal é uma falta gravíssima.
 O comungante que cometeu uma falta grave e vai comungar, sem ter se confessado, comete um crime maior que Herodes, diz Santo Agostinho, mais assustador do que Judas, diz São João Crisóstomo, mais terrível do que o cometido pelos judeus, crucificando o Salvador, dizem outros santos.
Hoje, há, infelizmente, uma corrente de falsos teólogos que dizem bastar o ato penitencial no início da
Missa. Isto não é verdade.
 Há, sim, o arrependimento e a purificação das faltas veniais, dispondo o comungante para que faça uma fervorosa comunhão. Quem, porém, não está em estado de graça precisa primeiro passar pelo Sacramento da Penitência, fazendo uma ótima Confissão. Todo respeito é devido à Eucaristia, penhor da Vida Eterna.

Professor no Seminário de Mariana, durante 40 anos.

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