O PROBLEMA DA TV BRASILEIRA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho, da Academia Mineira de Letras
Há um clamor geral sobre o baixo nível dos programas televisivos no Brasil. Enquanto não houver uma decidida busca de qualidade a tendência é piorar. Primeiro porque existe interesse político em deixar a massa alienada para que não enxerguem o óbvio: o governo não cuida da saúde, da educação, do lazer, do emprego, mas patrocina a Copa do Mundo e Olimpíada, cujo desvio de dinheiro é alarmante. Como os canais são concessões públicas, seria bem possível haver a exigência de um mínimo de qualidade nas programações. Vivemos num contexto histórico agitado no qual as pessoas lutam por dura sobrevivência e, por isso, não têm tempo para se preocuparem em pugnar por uma melhor formação da opinião pública. O argumento de que basta desligar a televisão para não ser inundado com tanta idiotice não é válido, pois quem não tem alternativa de lazer precisa de algo e daí a contaminação. Uma pesquisa recente identificou queda de número de leitores no Brasil. Já era baixo e caiu mais ainda. Pior a análise mostrando que o problema não é o acesso ao livro. Os pesquisados têm biblioteca perto de casa. A questão é falta de interesse e, sem uma leitura criteriosa, não se aprimora o senso crítico nem se aprofundam os conhecimentos. Se há aqueles que não têm bom senso ao lançar os programas, deve haver aqueles que tenham senso crítico para não se aterem ao que é imoral e falso. Aditem-se as incoerências das propagandas que incentivam à bebida, à imoralidade, muitas diretamente opostas ao que a nutrição aconselha para a boa saúde dos brasileiros. Portanto, deveria haver agentes credenciados, que dotados de qualidades intelectuais e morais, pudessem suprimir tudo que é maléfico sob o ponto de vista do progresso de qualidade de vida. A censura bem orientada objetiva a defesa do corpo social e merece apoio. Medidas acauteladoras deveriam ser tomadas e atuadas para o bem dos que ficam ao alvedrio de pessoas irresponsáveis que se enriquecem com as desgraças alheias. Trata-se de, criteriosamente, banir tudo que tem caráter pernicioso para a saúde física e moral dos cidadãos. Neste caso não há opressão da liberdade, mas um sustentáculo do que dignifica o ser humano. Assim espetáculos de cinema, rádio, televisão, programações da Internet que insinuam o crime, a violência, ou qualquer ato aberrante deveriam ser tirados do ar. As multinacionais dos crimes patrocinam tudo que vai contra o que a Bíblia ensina como norma da conduta humana, longe dos caminhos do bem. A ambição dos que se locupletam com os mais hediondos delitos, ocasiona sempre desordens. A baixaria que há em certos programas de rádio, televisão e alguns sites da Internet clamam aos céus, pois deturpam os costumes, a conduta, o comportamento, o modo de agir dos usuários incautos destes meios de comunicação social.
sexta-feira, 30 de março de 2012
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