segunda-feira, 18 de abril de 2016

NORMAS LITÚRGICAS

NORMAS LITÚRGICAS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*.
                A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia no número 30 dá esta orientação: “Para fomentar participação ativa, promovam-se as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes corporais. Não se deixar de observar-se, a seu tempo, um silêncio sagrado”.
               Trata-se do silêncio orante que permita um ambiente de piedade e fervor, de união com Deus, nos instantes nos quais inclusive não há cantos ou sons de instrumentos musicais. Ações, gestos e atitudes corporais significam o estar de pé, assentados, de joelhos por ocasião das diversas partes da Missa,
              As palmas nunca foram gestos litúrgicos. Quem percorre os países da Europa. por exemplo, jamais vê nas celebrações estas aclamações estrondosas. O Cardeal Joseph Ratzinger, o atual Papa emérito  Bento XVI, no seu texto “Introdução ao Espírito da Liturgia”, ensinou que é “totalmente absurdo, na tentativa de tornar a Liturgia “mais atraente”, recorrer a espetáculos”. Cumpre, de fato,  sempre penetrar fundo sobretudo. no significado do Santo Sacrifício da Missa.
               O Papa Francisco, dia 7 de junho último suprimiu a introdução de um canto para a paz, inexistente no Rito Romano e os deslocamentos dos fiéis para trocar paz antes do canto do “Cordeiro de Deus”. Isto exatamente para que haja um clima de piedade antecedendo o Rito da Comunhão do sacerdote e dos fiéis. Toda deturpação da Liturgia é condenável.
              Adite-se que durante a elevação da Hóstia e do Cálice, não se reza em voz alta nenhuma jaculatória ou qualquer outra prece.
              Deve-se ter sempre em conta a glória que se deve dar a Deus e que precisa fluir lá de dentro do coração. Para isto muito concorre uma correta vivência litúrgica.
            A fé deve levar a uma observância amorosa das normas da Liturgia, pois tudo precisa ser realizado para a glória divina e bens das almas, favorecendo o recolhimento interior. 
             Para isto contribuem também cânticos adequados, aprovados pela autoridade eclesiástica, bem ensaiados e executados por um coral harmonioso que prime pela arte e pelo bom gosto.  
          *Professor no Seminário Maior de Mariana durante 40 anos.



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