CENTENÁRIO DE DOM OSCAR DE OLIVEIRA
Convidado pelo Arcebispo D. Geraldo Lyrio Rocha, o Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho proferiu na Concelebração Eucarística na Catedral-Basílica a Oração Gratulatória, ao ensejo do Centenário de nascimento de Dom Oscar de Oliveira, tendo preparado o seguinte texto, o qual foi condensado em 35 minutos como convinha a esta alocução.
JUSTA HOMENAGEM
Justas as homenagens que se prestam ao insigne Arcebispo Dom Oscar de Oliveira ao ensejo do seu centenário de nascimento. Ele foi, sem sombra de dúvida, um dos vultos marcantes que balizaram o século XX, muito honrando a Igreja e a Pátria. Muito glorificou a Academia Mineira de Letras, sendo o terceiro sucessor na Cadeira número 27. Nasceu em Entre Rios de Minas dia 9 de janeiro de 1912.
Doutor em Direito Canônico, teólogo consumado, filósofo profundo, historiador exímio, literato eminente, escritor primoroso, tribuno aplaudido, poeta de fina sensibilidade, Dom Oscar era um humanista no pleno sentido do termo.
Inúmeras regiões de Minas Gerais foram clarificadas com o brilho de sua palavra inflamada que irradiava fé e civismo numa luta contínua por uma sociedade mais humana e equitativa.
O bem comum, à luz de uma profícua evangelização, foi a seiva luminosa de sua alma, a divisa esbelta de sua existência.
Por isto lançou um rastilho inextinguível e o passar dos anos tem feito fulgir sempre mais suas admiráveis realizações. Não se sepultam, realmente, os feitos dos grandes homens.
Ele ostentava profundas qualidades humanas e as raras intuições da vida. Tornou-se um exemplar famoso da virtude.
Sobretudo missionou, como bispo, as circunscrições eclesiásticas de Pouso Alegre e Mariana, tendo ilustrado o Áureo Trono Episcopal Marianense de 1959 a 1988, deixando um imenso legado espiritual e cultural que beneficia todo o país.
Protegeu, enriqueceu e expandiu o patrimônio religioso e artístico de Minas Gerais, inserindo-se deste modo no rol dos grandes benfeitores que merecem uma consagração por seus extraordinários cometimentos.
Tendo convivido sob o mesmo teto com este Prelado durante seu episcopado em Mariana quem delineia estas linhas pode testemunhar que ele foi sempre um puritano do dever e um cuidadoso administrador do tempo continuamente lendo, escrevendo, planejando, rezando. Viveu plenamente o lema horaciano carpe diem quam minimum credula postero – aproveita o presente sem contar com o dia de amanhã.
Enfrentou os mais complexos problemas e duras provações com uma paciência heróica, uma afabilidade imperturbável, confiando ininterruptamente no triunfo da verdade.
Seu bondoso feitio moral, o fascínio de sua simplicidade, a serena firmeza de suas atitudes que fizeram dele uma empolgante figura humana, fulgem, verdadeiramente, por entre as múltiplas ações individuais e sociais que marcaram uma existência toda devotada à glória de Deus e o bem das almas.
NOTÁVEIS REALIZAÇÕES
Entre as notáveis realizações de D. Oscar de Oliveira cumpre se ressalte a construção da cripta da Catedral de Mariana, um verdadeiro panteão das Mitras. Os bispos marianenses mereciam, de fato, um digno jazigo perpétuo, pois segundo o costume apenas três carneiros da Capela da Catedral lhes eram reservados.
Importantíssima a instalação do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, não apenas pela preservação de um valioso acervo, mas também pelo que ele representa para os Historiadores e para quantos visitam a Cidade de Mariana.
De enorme valor histórico foi, além disto, a criação do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana. Ele destinou às instalações deste Arquivo todo o vasto pavimento térreo da nova Cúria Metropolitana por ele construída. Para lá foram encaminhados todos os preciosos documentos que seu antecessor D. Helvécio Gomes de Oliveira havia recolhido. Outros que se achavam disseminados pelas várias Paróquias foram depois colocados por ele neste Arquivo.
Um de seus enormes merecimentos foi o Museu da Música que salvou o acervo musical dos séculos XVIII e XIX de Mariana, numa notável contribuição para a musicologia brasileira. Durante o mês de julho de 1972 a musicóloga Maria da Conceição de Rezende Fonseca e a arquivista Maria Ercely Coutinho, auxiliadas pelo Professor Venício Mancini classificaram os manuscritos musicais que o Arcebispo fora recolhendo nas Visitas Pastorais Dia 4 de agosto de 1972, em sala especial da Cúria Metropolitana de Mariana, foi feita a instalação deste Museu. Deste modo ele foi o pioneiro promovendo a instalação do primeiro arquivo de música setecentista no Brasil. Este Museu da Música foi solenemente inaugurado com a presença do Ministro da Educação, Dr. Jarbas Gonçalves Passarinho, dia 6 de julho de 1973. No início de dezembro de 2011 este Museu da Música recebeu da UNESCO O título de Patrimônio da Humanidade pelo rico acervo composto por mais de duas mil partituras. O Diploma recebido pelo Museu da música atesta a enorme importância de seu acervo de manuscritos musicais, contendo mais de duas mil partituras.
D. Oscar, coadjuvado e apoiado pela Fundação Cultural da Arquidiocese de Mariana, instalou, outrossim, em Mariana o Museu do Livro. Este contém milhares de volumes compondo a Biblioteca dos Bispos de Mariana desde a instalação da Diocese em 1748 por D. Frei Manoel da Cruz. É um manancial de incalculável valor para os pesquisadores, fornecendo elementos para as mais variadas teses de doutorado.
A restauração do Órgão da Catedral de Mariana foi, sem dúvida, também um dos maiores benefícios prestados por D. Oscar à Sede arquidiocesana e ao progresso artístico de todo o país. Este estava em péssimas condições e os trabalhos de restauração do mesmo foram feitos pela firma Von Beckerath, de Hamburgo, na Alemanha. Dia 8 de dezembro de 1984 ocorreu a reinauguração do precioso instrumento. Pronunciou D. Oscar um memorável discurso do qual destacamos este trecho: “Nesta hora de Aleluias, a triunfal reinauguração do valiosíssimo ÓRGÃO, obra do Organeiro, genial artista da Alemanha: Arp Shnirtger! Nesta hora, Irmãos caríssimos, cantemos com aquele entusiástico canto do salmista: “Louvai a Deus com a cítara e a harpa. Louvai-o com o toque da trombeta; Louvai-o com cordas e órgão”.
Adite-se que uma das preocupações de D. Oscar era deixar para o seu sucessor uma nova Residência Episcopal. Esta foi edificada, à Praça Dr. Gomes Freire, no centro da Cidade e inaugurada dia 19 de fevereiro de 1987, presentes os membros do Conselho Presbiteral que ali fizeram sua primeira reunião anual.
Ressalte-se que o Tribunal Eclesiástico de Beatificação de D. Antônio Ferreira Viçoso, fora instituído por D. Silvério Gomes Pimenta, primeiro Arcebispo de Mariana, mas este processo, iniciado em 1916, se achava parado e coube a D. Oscar retomá-lo com grande entusiasmo e empenho, tomando todas as medidas necessárias no âmbito diocesano. Seus sucessores o prosseguiram com rara eficiência. Dia 22 de maio de 2010 o atual Arcebispo D. Geraldo Lyrio Rocha realizou a última sessão deste Processo após uma Concelebração eucarística na Catedral Basílica.
Adite-se que Dom Oscar instalou a Editora Dom Viçoso, fundou o jornal Arquidiocesano que circulou 36 anos, edificou um novo prédio para o Seminário e também um edifício para a Arquidiocese em Belo Horizonte.
Estas apenas algumas das realizações que mostram que a figura de D. Oscar nenhum discurso pode conter, nenhum livro pode inteiramente retratar, nenhum quadro pode sintetizar, pois ela rompe toda e qualquer moldura, exigindo sempre novos espaços. As ensanchas de uma alocução como esta não comportam a grandiosidade de seus feitos. Dele também se pode afirmar: “Para um grande nome, nenhum encômio adequado” - Tanto nomini nullum par elogium.
UM CULTOR DA LÍNGUA PÁTRIA
Dentre os inúmeros méritos do duodécimo Bispo de Mariana cumpre ressaltar o ter sido ele um primoroso cultor da Língua Pátria.
Em inesquecível sessão a Academia Mineira de Letras empossou D. Oscar dia 11 de maio de 1984 na cadeira 27 na vaga deixada pelo Cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta.
Foi saudado pelo Governador de Estado, Dr. Tancredo Neves. O Diploma de acadêmico foi entregue por Dª Risoleta Neves, esposa do Governador por entre efusivos aplausos dos presentes.
Os discursos do Arcebispo e do Governador foram duas peças literárias do mais alto valor, refertas de patriotismo e religiosidade, nas quais à beleza da forma se uniram densos ensinamentos, sendo, além disto, dois depoimentos preciosíssimos para a História.
O Governador afirmou no seu discurso que “as eventuais funções de mandatário do povo mineiro, à frente do seu governo, ou de ocupante transitório do Palácio da Liberdade, por mais exigentes e absorventes, não o privariam jamais de dar as boas vindas a D. Oscar que chegava àquela Casa aureolado por merecimentos incontestáveis que reluzem em todo o seu esplendor”.
Análise de sua obra literária
Uma análise da obra literária de D. Oscar o revela como escritor de correção austera, ostentando frases com ritmo fluente, e poeta inspirado que legou à posteridade obras que, luminosamente, honram as letras pátrias.
Incansável na orientação espiritual de suas ovelhas, procurou lhes dar uma educação integral e, por isto, não descurava a formação humanística de quantos estavam sob sua direção.
Em artigo, dia 11 de outubro de 1981, sob a epígrafe “Honra ao Professor” lamentava: “Não só no Brasil como noutras terras verifica-se com tristeza, para quem ama a língua vernácula, o desprezo por ela. Tacham certos libertários a gramática “camisa de força”, isto em nome de uma liberdade espúria resvalada na pura licença. Falar bem a língua é um modo de servir a pátria. Os professores deveriam lecionar com esmerado falar, educando assim o ouvido dos discípulos. A TV quanto ajudaria a nossa juventude, se atendesse à gramática! Com efeito, é um descalabro a loquela cassange das novelas”.
Antes, a 21 de novembro de 1976, descia ele a um pormenor gramatical, importante para preservar a pureza da linguagem. Referia-se a certas traduções de textos bíblicos e observava: “Desejamos notar que o gênio de nossa língua portuguesa não admite o artigo o antes de nomes de vultos. Em francês, em italiano, sim: Le Christ, Il Dante. Em escorreito vernáculo não se pode dizer que a América foi descoberta pelo Cristóvão Colombo, ou o Brasil pelo Pedro Álvares Cabral, usamos simplesmente por. Também não se dirá que o Tiradentes é o protomártir de nossa Independência Nacional. É de desejar que se suprimam estes intrusos artigos: o Cristo, do Cristo, no Cristo, os quais expressam muita intimidade. É correto, porém, o artigo para Nosso Senhor, quando se quer bem individualizá-lo, como naquele esclarecimento de São João: “Eu não sou o Cristo”.
Em janeiro de 1975 condenava Dom Oscar certos despautérios no Suplemento Literário do MINAS GERAIS: “Infelizmente, o nosso MINAS GERAIS em seu “Suplemento literário”, ao lado de boas produções poéticas, se lêem outras nada dignas do verdadeiro conceito de poesia e de arte. Alguns por respeito humano, ou com medo de desagradar ou de serem tachados de retrógrados, “acham muito belos” versos sem sentidos, de palavras superpostas, toantes ou consoantes, que mesmo um humilde tipógrafo seria capaz de compor. A palavra foi feita para manifestar e não para esconder a idéia. É realmente artístico, como no simbolismo literário, desvendar a finura do pensamento, encerrado numa palavra, numa linha do verso”.
Dom Oscar ligava sempre “o correto manejo da língua e o patriotismo”. Tal foi a epígrafe do artigo que escreveu a 1o de agosto de 1971. Eis alguns tópicos expressivos: “Manejar corretamente a língua vernácula é também demonstração de patriotismo. É honroso escrever e falar com acerto. Aplaudimos o projeto do Governo de reduzir os acentos das palavras. Ouvida, desde a infância uma língua estropiada pelo vulgo, tais eivas penetram inconscientemente o linguajar comum. Embora conhecendo suficientemente a língua e escrevendo-a com acerto, falando-a, certas pessoas não se preocupam com a correção. Mesmo em suas preleções, alguns professores têm tido pouco cuidado nisso. A linguagem de certos locutores de rádio e televisão, nem sempre, prima pela vernaculidade, idem, cantores famosos. O Governo tem direito de exigir que esses meios de comunicação se esmerem na linguagem, para boa formação do povo”.
Lembrava também que, “o respeito à palavra de Deus exige que seja ela apresentada com dignidade. De modo algum o povo admite trivialidades de expressões na pregação sagrada (menos ainda trivialidades de conteúdo)”.
Nada melhor para confirmar que este notável literato foi um exímio cultor da Língua Pátria do que os dizeres do grande sociólogo Dr. Edgard de Vasconcelos, também membro da Academia Mineira de Letras, o qual em artigo intitulado Dom Oscar, homem de letras, declarou que “como homem, como sacerdote, como intelectual de fino quilate D. Oscar é digno de todas as homenagens”.
Insigne latinista
D. Oscar, de fato, escrevia sempre com grande primor porque era também um grande latinista.
Expressivo o artigo que escreveu sobre o latim e assim o concluía: “Quem quiser aprimorar-se em nossa língua portuguesa - ‘Última flor do Lácio inculta e bela’, segundo o verso de Bilac, há de dar-se apaixonadamente ao estudo da língua mãe - o Latim”.
Latinista emérito, cultuava ele a língua de Cícero e quando lhe era possível lia as obras não só deste autor, mas ainda de Virgílio, Ovídio, Tito Lívio e Tácito.
Mesmo depois que o vernáculo foi permitido na Liturgia ele continuou a recitar o Ofício Divino em Latim, bem como celebrava as Missas em latim na sua Capela particular.
Escritor primoroso
Foi sua linguagem fácil, pinturesca, vivamente colorida que fizeram aplaudidos os livros de D. Oscar, como As mais belas Histórias da Bíblia, obra publicada no Rio de Janeiro. Em agosto de 1962 uma das mais elegantes livrarias cariocas, a Eldorado, sediada em Copacabana, dedicava a esta mimosa obra todo o espaço de sua melhor vitrine, segundo o depoimento do editor Sérgio D. T. Macedo. Grande o entusiasmo da Distribuidora Record, pois “mal saído do prelo, o livro começou a ser intensamente procurado nas livrarias, o que já se previa, aliás, tão belas são as páginas escritas pelo prelado, que é, sem dúvida, uma vocação de escritor, senhor de um estilo leve, agradável, acessível e elegante”, declarou o citado editor.
Como extraordinário articulista Dom Oscar escreveu milhares de artigos, sendo 1496 publicados no jornal O ARQUIDIOCESANO. Muitos foram transcritos em inúmeros jornais como no ESTADO DE MINAS e em coletâneas. Destas a mais importante foi a editada na Itália. Especial júbilo causou a todos os leitores de O ARQUIDIOCESANO, quando “Magistero Episcopale” de Verona na Itália solicitou os jornais com os vinte artigos de D. Oscar sobre a Fé publicados em 1967. Foram inseridos na coletânea daquele ano entre os mais importantes documentos episcopais do mundo inteiro. Ao agradecer a remessa dos trabalhos sobre a Fé, solicitaram que lhes fosse sempre remetido O ARQUIDIOCESANO para que os trabalhos de D. Oscar fossem lá transcritos. Já antes, em 1965, havia sido publicado pelo “Magistero Episcopale” a Carta Pastoral de D. Oscar: Comunismo, Religião e Pátria. Desde então foram sempre reproduzidos os artigos do Arcebispo de Mariana no alentado volume cada ano lá editado. Na Ásia o Diário, de Macau, publicou dia 24 de julho de 1977 com grande destaque o artigo sob a epígrafe Em louvor de Portugal, anotando ser uma transcrição de O ARQUIDIOCESANO.
Grande Poeta
Nem se poderia deixar de destacar que D. Oscar foi um notável poeta, tendo publicado dois livros Moinho d`Água e Estância de Saudades, Coletâneas de seus Versos, publicado este último pela Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais em 1987. São páginas na qual a poética atinge por vezes as raias do sublime, como nesta filosófica estrofe repleta de humanismo:
Mais que as estrelas do céu
Bem mais que os ouros da terra,
O mais pobre ser humano
Celsas riquezas encerra
Sobre os poetas deixou estes versos que patenteiam o que lhe ia no espírito ao escrever suas poesias:
Todo mundo é poeta, muito embora
Sentido o Belo, expô-lo um não consiga.
Pipilando, a Beleza nalma mora,
E a poetiza e a enflora a excelsa amiga.
Poesia é Beleza, e a alma a enamora.
O rocio da Beleza ao peito irriga
De bondade, ternura e paz de aurora.
É vinculo de amor que os homens liga.
Poetar é amar, e amar, doar-se,
E quem se doa, sempre se enriquece.
É de felicidade um alagar-se.
Poesia é de amor um fontanal.
Vates, levai Amor a quem padece,
Levai à humanidade o alto Ideal.
Dom Oscar foi, de fato, um pooeta dotado de grande sensibilidade.
Moinho d`Água e Estância de Saudades encerram, de fato, páginas nas quais ele exalta, entre outros aspectos, os mistérios encantadores da presença do Deus humanado neste mundo, as grandezas de Maria, a beleza de lances da existência de alguns heróis do cristianismo, a nobreza do civismo.
Pierre-Jean Jouve afirmou que “a poesia é uma alma inaugurando uma forma”.
As imagens empregadas por D. Oscar patenteiam um espírito cuja força cria valores que produzem ressonâncias a prenderem e a cativarem o leitor com uma marca fenomenológica profunda, característica das almas superiores que conseguem ir além do que é comumente captado pelo comum dos mortais.
Suas poesias conduzem àquela região estética que se situa num mundo que ultrapassa a linguagem, fruto de uma criatividade inovadora.
Imagens que a vida não prepara, mas que o artista cria e que a poesia embeleza e comunica, enlevando porque elevando até às paragens do belo.
A vida das imagens usadas pelo Arcebispo-poeta aparecem em toda sua fulgurância as quais superam os dados sensíveis e levam àquelas realidades mais puras e tocantes que Deus colocou no universo, nos céus e terra repletos de uma mensagem divina.
Bachelard tem razão em afirmar que a “a arte é uma reduplicação da vida, uma espécie de emulação nas surpresas que excitam nossa consciência e a livram do torpor”.
É o que, realmente, percebe quem lê as poesias de D. Oscar. Nos signos terrestres ressoa um ser do céu. Seus versos fazem ver o cosmos como a grande mansão existencial na qual, por exemplo, as flores estão a irradiar alegria, a comunicar a paz, a transmitir serenidade para todos. É ter olhos para ver o que está inscrito na natureza e ir às raízes cósmicas da realidade. Enriquecimento espiritual e cultural é o que resulta da leitura da obra poética de D. Oscar que locupletou as Letras pátrias com sua pena inspirada.
O escritor Walter Siqueira da Academia Campista de Letras em artigo no jornal A CIDADE daquela progressista urbe fluminense assim se expressou sobre a poesia de D. Oscar: “Nenhum defeito enfeia-lhe a obra poética. Do ponto de vista gramatical, é um purista da língua portuguesa. É versátil e feliz ao construir a frase poética, que enriquece com os mais brilhantes vocábulos”.
O citado sociólogo e literato Dr. Edgard de Vasconcelos publicou um belíssimo comentário sobre o livro Estância de Saudades e assim se manifestou: “São versos clássicos, bem medidos e bem rimados, que não deixam transparecer ao leitor qualquer espécie de tortura do artista ao dar “expressão poética” aos grandes motivos, que, em momentos diversos, ferem a sua sensibilidade”.
Sem dúvida, movido pelo Dom da Ciência que leva a valorizar as maravilhas que Deus espalhou no universo, num instante de pulcra inspiração, dia 29 de novembro de 1983, ele cantou a beleza das flores:
Grandes, pequenas, de variadas cores,
Encorpadas e tenras ou singelas,
Quais sorrisos, de Deus, as nobres flores
Nos campos e jardins se entreabrem belas.
Além do colorido, há mais primores:
Minúsculas que sejam, quantas delas,
Gentis, nos deliciam com os olores,
Ou rescendem em templos e capelas!
Uma outra maravilha que fascina
É ter a flor a meta, sobretudo,
De bem cumprir esta missão divina:
As pétalas, com nímia providência,
Quais cortinas de seda ou de veludo,
Lhes resguardam as fontes da existência!
Aliás, seja dito que um dos santos que mais primou no cultivo do Dom da Ciência foi São Francisco de Assis. Pois bem, dia 4 de outubro de 1977 a Academia Cristã de Letras, de São Paulo, realizou no Auditório da Associação Paulista de Medicina na capital do grande estado uma sessão solene em honra de São Francisco e um dos pontos altos do programa foi a recitação de poesia de D. Oscar alusiva ao Seráfico Santo . Assim o escritor Manoel Vitor se expressou: “O Arcebispo de Mariana projetou a sua alma de asceta e o seu coração de ouro sobre o frade heróico, doirando-lhe a figura com o estro admirável do seu poder poético”.
Discursos de paraninfo
D. Oscar paraninfou várias turmas de inúmeros colégios da Arquidiocese e de outras regiões.
Cada discurso dele foi sempre uma tese e é um manancial de uma doutrina sólida para a juventude e para os mestres num vernáculo encantador que rivaliza com os melhores clássicos de nossa Língua.
Pureza de linguagem, aliada à elevação dos conceitos caracterizam estas magníficas peças oratórias.
O ARQUIDIOCESANO publicou na íntegra estas jóias da literatura e da pedagogia.
Lapidar, por exemplo, uma de suas mensagens às Professoras da Escola Normal Nossa Senhora das Dores, de São João del Rei, ao ensejo da formatura em 1960, ressaltando a importância fundamental da educação dos primeiros anos: “Ser mestra da infância é múnus mais delicado e transcendente que assentar numa cátedra universitária. O amor, à verdade e à virtude brota, no ânimo infantil, do empenho da mestra generosa, que, ama o seu ideal. O edifício mais alto, mais imponente, não pode prescindir desse sólido alicerce”.
Não menos expressivo o que disse às normalistas da Fundação “Dom Silvério” em Congonhas dia 30 de dezembro de 1972: “Sim, cultura é fator preponderante de progresso. Mas não só. Há de ela harmonizar-se com a virtude, com o amor de Deus e do próximo e com o civismo, para integral promoção humana e omnímoda grandeza do Brasil”.
Ao paraninfar a primeira turma da Faculdade de Filosofia de Mariana pronunciou monumental discurso intitulado Humanismo Integral, nele fulgiu a veia filosófica, artística e pedagógica do culto Pastor. Proclamava ele: “Não há verdadeiro humanismo se não for aberto ao Absoluto, no reconhecimento de uma vocação que oferece a verdadeira idéia da vida humana. Longe de ser a norma última dos valores, o homem não realiza a si mesmo, senão transcendendo-se, segundo a expressão tão feliz de Pascal: “O homem supera o homem”. Mais adiante proclamava ao abordar o culto da beleza: “Sim o homem tem sede de Beleza! A Beleza reporta-lhe alegria e paz. Ainda que muitos não saibam exprimir, sentem-na, contudo, nos refolhos d’alma. Nós cremos na missão sublime da Arte! Do coração de Dostoieviski brotou, um dia, esta canção de esperança: “A beleza salvará o mundo!”
Marcante Carta Pastoral
Dom Oscar dizia que suas cartas pastorais eram os artigos que publicava semanalmente no seu jornal. Entretanto uma carta pastoral de grande valor literário e histórico publicado em opúsculo se intitulou Comunismo, Religião e Pátria.
Diante dos rumos que o Presidente da República João Goulart deu aos acontecimentos políticos em 1964, partiu de Mariana a palavra decisiva contra a implantação do comunismo no Brasil.
Dia 9 de fevereiro D. Oscar de Oliveira lançou então a Pastoral COMUNISMO, RELIGIÃO E PÁTRIA que repercutiu em todo o país.
O então Deputado Federal Pedro Maciel Vidigal, proferiu vibrante discurso, dia 16 de março, na Câmara dos Deputados, intitulado: A Carta Pastoral de D. Oscar de Oliveira e a Situação Nacional.
Este pronunciamento foi publicado pelo Departamento de Imprensa Nacional.
Comentou o ilustre parlamentar a carta Pastoral do Arcebispo de Mariana e grande foi o impacto na opinião pública brasileira através da imprensa falada e escrita.
Desencadeou-se uma corrente contra a instalação do Comunismo no Brasil.
Foi, realmente, decisivo o posicionamento de D. Oscar diante de uma “Revolução necessária” que depois se transformou em detestável ditadura militar.
O Arcebispo de Mariana nunca deixou, porém, de lutar pela abertura democrática e a favor da liberdade.
Aliás, seja dito que uma das mais belas palestras de D. Oscar, de cunho altamente filosófico, foi feita para os alunos da Faculdade de Filosofia, de Mariana sobre Liberdade e Democracia ao ensejo do 13º ano da Revolução, dia 31 de março de 1977, a qual foi encerrada com esta sentença luminosa: “Liberdade e democracia bem vividas são uma bênção para o mundo inteiro, para todos os povos!”
Mérito educativo
Dom Oscar fundou colégios, trouxe Cursos da Universidade Católica de Minas Gerais para Mariana, os quais depois foram incorporados à Universidade Federal de Ouro Preto, dando origem ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais que funcionam na Sede Episcopal. Organizou a Fundação Marianense de Educação e deu uma formação primorosa a suas ovelhas nas suas cinco grandes Visitas Pastorais em toda a Arquidiocese. Por tudo isto foi condecorado pelo Ministério da Educação com a medalha da ORDEM DO MÉRITO EDUCATIVO
Dia 3 de janeiro de 1974 D. Oscar foi surpreendido por um telegrama vindo de Brasília: “Dom Oscar de Oliveira, Arcebispo Metropolitano - Secretaria Particular 25/73 de 3.1.74. - Ao ilustre brasileiro comunico rejubilado sua admissão Ordem Nacional Mérito Educativo, grau comendador por decreto de 30 de dezembro de 1973 publicado ontem. Será privilégio contar sua presença cerimônia presidida eminente Presidente Médici dia dez dezoito horas, salão nobre Itamaraty. Saudações Jarbas Passarinho, Ministro Educação e Cultura”.
Tivemos a honra de acompanhar D. Oscar à Capital Federal para está solenidade e S. Exª se viu objeto da atenção de grandes personalidades da República como do próprio Presidente Emílio Garrastazu Médici, dos Ministros Mario Andreazza e Jarbas Passarinho.
Com sua proverbial humildade D. Oscar afirmou às autoridades presentes que recebia aquela condecoração como uma homenagem à Igreja e exaltou o que o governo estava realizando no campo educacional e no sentido de consolidar a economia brasileira, manifestando claramente sua esperança de que breve a democracia estaria de novo restabelecida em nossa pátria.
EPÍLOGO
Por tudo aqui relatado se pode concluir que D. Oscar de Oliveira foi, realmente, um grande prelado, acendrado na fidelidade ao dever e talhado pela obediência às ordens e diretrizes do Papa, um inigualável literato.
Espírito dado a horizontes altos e largos, sempre preferindo ânimo sempre disposto a arcar com dificuldades e a desfazer resistências, apóstolo adestrado e resoluto, afeito a contar os triunfos mais insignes pelos cometimentos mais audazes, corajosos, D. Oscar se tornou realmente uma das glórias mais expressivas do Áureo Trono Marianense e da Academia Mineira de Letras.
Ele pertenceu à estirpe pura dos mais denodados missionários brasileiros de todos os tempos. Apostolado excelso, gigantesco, exercido por um grande jurista, teólogo consumado, humanista profundo, homem de visão e de ação.
Com tantos predicados não poderia nunca deixar de ser sol a iluminar milhares de almas rumo à Verdade que liberta.
Trabalhar e combater foi uma marca de sua vida. Pulso e disciplina de um lidador pela causa de Deus num contexto histórico pontilhado de dificuldades, por entre as naturais divergências de um dos períodos chaves da História, ele ostentou o timbre dos homens providenciais, influindo nos destinos da Pátria e da Igreja. Ele podia, perfeitamente, repetir os dizeres de São Paulo: “Bem sabeis que exortamos a cada um de vós como um pai a seus filhos; nós vos exortávamos, vos encorajávamos e vos conjurávamos a viver de maneira digna de Deus, que vos chama ao seu reino e à sua glória” (2 Tes 2, 12),
Viveu intensamente o dito paulino a Timóteo: “Trabalha como bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2,3). Identificou-se com os maiores operários do Evangelho de todos os tempos, regando com seus suores e fertilizando com sua sabedoria a grei do Senhor. Feitos grandiosos que ilustraram um dilatado episcopado.
Enfrentou, como foi dito, procelas, mas onde muitos esmorecem e vacilam e sucumbem, ele avançou com firmeza, porque agia sempre de acordo com suas convicções e seus fortuitos e oportunistas opositores ficaram à margem da História. Penosos e encrespados de sofrimentos foram, de fato, alguns momentos de contradição que arrostou, mas todos repletos de celestes consolações da parte de Deus e de seus numerosíssimos amigos. É que inúmeros são, de fato, os espinhos que se escondem sobre os aparentes fulgores da mitra, e aos encargos que representa o peso do báculo do governo se ajuntam, muitas vezes, as naturais incompreensões humanas.
Atraiu-lhe sempre duas metas prediletas, atraentes, fascinantissimas que foram outras tantas pérolas de sua ação aurifulgente: os atos de beneficência e o ensino. Daí a bem-aventurança que teve segundo o salmista: “Feliz aquele que pensa no fraco e no indigente” (Sl 41(40), 2) e o elogio do livro de Daniel: “Os que ensinam a muitos a justiça hão de ser como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn 12,3). Ao amparo aos necessitados e à educação se entregou com toda a sua alma. É que pulsava nele vibrantes e sonoras as fibras de exímio arcebispo e cidadão prestante, que fizeram frondescer a piedade cristã em obras educacionais ou de caridade.
Se os homens valem pelo que realizam de benemerência para a humanidade, pelo que contribuem para a grandeza da civilização e pelo o que fazem pela Igreja e pela Pátria, sem medida o valor deste prelado marianense.
Ele soube aliançar a austera ortodoxia católica com as prerrogativas de um profeta de novos tempos, sendo ao mesmo tempo um Pastor edificante, aberto à renovação de métodos de apostolado, e um Patriota abalizado, vivendo intensamente os problemas nacionais. Administrador emérito, ele dotou a Arquidiocese de bens materiais extraordinários a serviço da evangelização.
Seu dia era uma lida constante dentro de um esquema de trabalho racional, bem planejado, todo entregue a seu múnus, labutando pertinazmente, intensamente, com a cruz fixa no coração, nela haurindo energia para tantos labores.
Sua vida refletiu constantemente o que asseverou São Bernardo: “Toda a honra para Deus, todo proveito para o próximo, todo o trabalho para mim” omnes honor Deo, omnes utilitas proximo, omnes labor mihi.
Como almejava sempre servir a Deus e ao próximo, seu era o lema de Plauto: agere, si quid agis - faze depressa o que tens a fazer.
No final de sua brilhante trajetória ele poderia repetir com Santo Agostinho: “Grato me foi ter sido útil a todos”! Cada habitante da Arquidiocese teve nele, de fato, sempre um amigo sincero, leal, dedicado. Seja qual fosse a posição social de cada um, para todos manifestou iguais carinhos continuamente regidos pelos princípios da retidão e da justiça, da bondade e da caridade.
Suas visitas pastorais foram fruto de um espírito que amava o sacrifício a bem das almas e dos párocos a quem sempre soube prestigiar, exaltando-lhe os méritos. Impávido mensageiro evangélico, nunca se omitiu lá onde sua presença se fazia necessária além destas programadas Visitas Pastorais. Estas foram um capítulo maravilhoso na história de sua existência, pois são como um pulcro canto de epopéia. Percorreu de ponta a ponta o vasto território que a Providência lhe confiou, permanecendo durante metade do mês junto dos fiéis, reservando a outra metade para suas consagradas aulas de Direito Canônico no Seminário, que era a menina dos olhos do desvelado Pastor.
Nas visitas pastorais ele foi tudo: supervisor, urbanista, consolador dos aflitos, semeador de fúlgidas idéias, impulsionando o progresso de vilarejos e cidades. Suas sugestões abriram horizontes, melhoraram os serviços públicos, fizeram brilhar por toda parte esperanças de dias melhores.
Por entre pelejas admiráveis, e quase, sobre-humanas, ele promoveu o progresso, dilatou o Evangelho, fez Deus mais conhecido e amado. Tudo isto revelando uma notável proteção divina e uma singularidade humana que fez dele o grande Apóstolo de Jesus Cristo.
A beleza de seus dizeres só foi igualada pela ternura dos sentimentos de um grande coração. Ele se mostrou sempre esquivo a ostentações e pompas, procurando unicamente nos merecimentos de uma vida íntegra os aplausos de sua consciência com a qual nunca transigiu. Sacerdote por uma vocação ingênita, seu valor pessoal o exaltou como dignitário da Igreja. Teve as grandezas esculturais de um perfeito presbítero e aquela consumada prudência de um epíscopo sábio.
Mais do que tudo isto teve um dom encantador: D. Oscar foi sempre a bondade em pessoa. Acessível a todos, afável e sempre cativante, ele se inscreveu, sem sombra de dúvidas, entre os mais típicos evangelizadores apostólicos, exercendo desartificiosamente, lizamente os seus deveres. O padre, o bispo, o cidadão, o mestre, o patriota, o amigo estão fielmente estampados neste varão sincero e raro, generoso e firme, austero e franco, justo e gentil, útil e bom.
Suas ações e suas palavras traduziram-lhe e transluziram-lhe o caráter sem jaça que possuía.
Foi um modelo do pastor dedicado, símbolo da caridade evangélica. Nele brilhou o espírito de fé e todas as manifestações engenhosas do amor cristão para com o próximo.
Sua influência, como se pode perceber no que aqui ficou registrado, não ficou limitado aos lindes da Arquidiocese de Mariana, pois sua contribuição, através de inúmeras sugestões ao Concílio Ecumênico Vaticano II, foi de suma valia, bem como as propostas que apresentou nas reuniões da CNBB. Seus aludidos artigos publicados também na Europa e na Ásia e inúmeros jornais e revistas do Brasil orientaram milhares de cristãos. Com que júbilo recebeu eles cartas comentando tais escritos ou suas incansáveis pregações!
Este depoimento é uma pálida amostra do que foi uma vida tão luminosa como a do terceiro Arcebispo de Mariana. É ela uma manifestação amortecida no meio de tantos feitos admiráveis. Resta, porém, a esperança de que ele não tenha toldado, como nuvem espessa, uma existência deslumbrantíssima que aqui se tentou reviver, trajetória gloriosa própria os grandes heróis do cristianismo.
D. Oscar foi, realmente, a personificação culminante das grandezas de um autêntico atlante da virtude e da verdade. Sua existência foi superiorizada por altos talentos e dignificada por enormes serviços. Escritor e pregador incansável do Evangelho, a sua palavra foi fulgurante. Pastor desvelado, sua influência foi portentosa. Homem de fé, a exaltação que fez da Igreja a tornou ainda mais prestigiosa. Devoto exemplar da Mãe de Deus, tendo como lema de seu brasão episcopal Ipsa duce soube glorificá-la como poucos. Erudito, dominava com autoridade absoluta as mais vastas e mais formosas províncias do saber.
Pela transparência de sua vida e pelo quilate de suas ações D. Oscar, ao deixar esta terra, se perenizou, pois, já dizia Cícero, que a glória segue o valor como a sua sombra - gloria virtutem tamquam umbra sequitur.
Grandiosos seus feitos que hão de ser sempre recordados pelas gerações futuras. É que ele preferia sempre ser bom a parecê-lo - esse, quam videri, bonus malebat.
No Livro da Vida, a nós inacessível, muito mais foi registrado por Deus que lá no Céu já o recompensou por todos os seus árduos trabalhos, por tanta fadiga propter Evangelium, mesmo porque como proclamou o mesmo Arcebispo dia 10 de fevereiro de 1980 em um de seus primorosos artigos “Cada um colherá o que tiver semeado”. Ele difundiu copiosamente o bem, a verdade, a paz por toda parte por palavras e por obras!
Os acontecimentos aqui enunciados estão registrados em inúmeros documentos no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana e foram hauridos de O ARQUIDIOCESANO, que se tornou uma fonte primária do mais alto valor, da Biblioteca e do Arquivo particulares do autor. Todos os comentários exarados ficam aqui proclamados in fide sacerdotis et magistri.
Por certo os feitos deste Antístite continuarão a ser cantados por inúmeros literatos e cientistas sociais e sua personalidade extraordinária analisada por competentes biógrafos.
A ele cabe uma sentença de Virgílio semper honos, nomenque ejus, laudesque manebunt – Sua honra, seu nome e seu louvor hão de sempre perdurar!
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Fontes consultadas
Jornal
O ARQUIDIOCESANO, Mariana, Editora D. Viçoso, 1959-1993.
-Livros
CARVALHO, Côn. José Geraldo Vidigal de. D. Oscar de Oliveira: um
Apóstolo admirável, Viçosa, Editora Folha de Viçosa, 1999
OLIVEIRA, Dom Oscar de. Moinho d´Água. Belo Horizonte. Edição do
Autor, 1979
___________ Estância de Saudades. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1987.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
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