quinta-feira, 16 de setembro de 2021

 

A UNIDADE E A FIDELIDADE DOS CÔNJUGES CRISTÂOS

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*

Jesus deixou clara e categórica a exigência cristã da unidade e da fidelidade dos esposos cristãos (Mc 10,2-16)   Esta clareza e taxatividade devem tanto mais ser ressaltadas quando se considera o contexto atual. Com efeito, para muitos é chocante as palavras do Mestre divino: “Todo o que repudiar sua mulher e casa com outra comete adultério contra ela: e se uma mulher repudia o seu marido e casa com outra, comete adultério”, Ele aliás alertou: “não separe o homem o que Deus uniu”. Não obstante o grande número de casais que vivem santamente, o sacramento do matrimônio, é público e notório que há casais que se separaram, que se divorciara e inúmeras são as feridas nas consciências de muitos cristãos e como sofrem os filhos cujos pais romperam os laços matrimonias legítimo! É óbvio que estas pessoas devem ser ajudadas na medida do possível, mas sem deturpar o que Jesus abertamente ensinou. Um meio valiosíssimo para preservar a unidade e a fidelidade dos cônjuges cristãos é a preparação eficiente para recepção do sacramente do matrimônio. Aqueles que já convolaram núpcias, mas se encontram com problemas familiares devem procurar soluções justas para firmar e reafirmar sua relação conjugal, imitando aqueles que anos e anos veem mantendo a união prometida no dia do casamento. Para viver plenamente o que Jesus ensinou sobre a unidade e fidelidade matrimonial é preciso força espiritual, preces ardentes dentro e fora do lar. Esta dimensão religiosa se baseia também no que Cristo asseverou dizendo que pelo matrimônio os batizados não são dois, mas uma só carne e sua ordem expressa foi esta: “Não separe, portanto, o homem do que Deus uniu” Isto mostra como o homem e a mulher, pelo casamento, deverão estar bem de acordo entre eles em tudo e sempre. Foi Deus que os uniu. É Deus que lhe dará luz e força para permanecerem unidos. Trata-se de um engajamento total neste tripé sagrado: unidade, fidelidade e fecundidade. Isto é possível quando há o esforço sincero de transformar o amor mútuo no amor mesmo de Deus. Este Deus que é amor é verdadeiramente único, fiel e fecundo. Deste modo maravilhosamente fica sublimado a dileção sincera o que os cônjuges manifestam um ao outro. Eis aí o que quer expressar o que Jesus disse ao falar em “o que Deus uniu”.   Refletir sobre isto é importante, porque o amor humano é limitado se ele é deixado a si mesmo sem esta força sobrenatural sem a presença do Deus Todo Poderoso. O homem e a mulher precisam muitas vezes se ultrapassar a si mesmos  e até mesmo em algumas circunstâncias serem heróis, mas com a graça divina é possível manter a unidade e fidelidade prometidas ao receber o santo sacramento do matrimônio. O Espírito Santo presente no coração dos cônjuges transforma o amor humano que é limitado no amor imenso do Ser Supremo. É este Espírito divino que dá a verdadeira dimensão do amor que deve reinar entre os batizados  unidos pelo sacramento do matrimônio e imersos nesse oceano infinito do amor divino. Há então a percepção da fortaleza interior ofertada pela graça divina que é mais potente do que as forças humanas. Torna-se assim possível praticar em plenitude o amor conjugal. Na escola de Jesus se aprende a dialogar, a perdoar sempre, a sacrificar um pelo outro a própria vida. Deste modo, as infidelidades devidas às fraquezas humana são superadas porque   sólido é o fundamento que uniu dois corações através do sacramento do matrimônio. O projeto de Deus há de sempre prevalecer não obstante as fraquezas humanas e, por vezes o endurecimento das mentes que se deixam dominar   pelos males que afligem os incautos.  O liame que deve unir os cônjuges é objeto de ataques de rara violêncis em nossos dias e se multiplicam em certos países os processos atinentes ao divórcio, afetando, portanto, o plano estabelecido pelo Criador. Deve-se sempre lembrar que
Deus não pode nem se enganar, nem enganar os homens e, assim sendo, a unidade e a fidelidade conjugais são imprescindíveis para a felicidade no lar. O que Deus estabeleceu deve ser aceito em sua globalidade e em todas as suas dimensões. Eis porque a presença do Ser Supremo é fundamental para a vivência cristã dos que contraíram o matrimônio.   Deus deve ser colocado no centro do amor conjugal. São três vontades que devem interagir:  a do homem, a da mulher e a de Deus. É esta presença do Todo Poderosa Senhor no seio da família que une duravelmente os corações.  Eis por que a oração é imprescindível para a durabilidade do amor conjugal e o que Deus uniu o homem não separará! *`Professor no Seminário de Mariana durante 40 aos.      

 

 

 

 

 

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