terça-feira, 21 de junho de 2016

dia do papa

DIA DO PAPA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
 Com júbilo a cristandade celebra o Dia do Papa, o Soberano Pontífice, Vigário de Cristo, Chefe visível da Igreja Católica. Ele é o sucessor de São Pedro, uma vez que este Apóstolo foi Bispo de Roma, por um desígnio da Providência divina. Após sua morte todo aquele que foi eleito para esta sede episcopal se tornou herdeiro de toda sua autoridade. Cristo prometera o sumo pontificado a São Pedro ao lhe dizer: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus e tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus (Mt 16,18-19). Após sua ressurreição,   conferiu a ele os primado ao lhe dar esta ordem: “Apascenta  os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas” (Jo 27, 15-18). Portanto, Pedro deveria governar a universalidade  do rebanho, sem nenhuma exceção e com poder supremo e imediato sobre todos os Pastores e Fiéis. Ele assumiu uma posição de autoridade única entre os apóstolos e seu nome é mencionado  na Bíblia mais de cem vezes, sendo que o Apóstolo São João, que é o segundo apóstolo mais citado, o é vinte e nove vezes. A CNBB mostrou como se deve então comemorar o Dia do Papa, ou seja, “com pregações e orações que traduzam amor, veneração, respeito e obediência ao Vigário de Cristo na terra”. De fato, o Papa é o Vigário de Cristo porque ele O representa neste mundo e ocupa o seu lugar na direção de toda a Igreja. É deste modo o Chefe visível da Igreja com a autoridade mesma de Cristo que é o Chefe invisível desta instituição por Ele fundada. Deste modo, o Papa é o Doutor universal, infalível nas definições que dizem respeito à fé e aos costumes, uma vez que tem a assistência contínua do Espírito Santo em virtude de sua suprema autoridade apostólica. Foi, portanto, inspirado Santo Ambrósio ao proclamar: “Lá onde está Pedro, se encontra a Igreja; e lá onde está a Igreja, está Cristo”.   Disto resulta a lealdade que todo católico  deve dedicar ao Papa, observando com fidelidade suas sábias orientações e diretrizes para toda a comunidade eclesial. Sua palavra deve ser acolhida com uma adesão religiosa, fazendo ecoar por toda parte pela vivência de suas diretrizes a voz que emana da cátedra petrina. Em nossos dias maravilhosa a polivalência com que o Papa Francisco tem abordado os problemas atuais. Comunicador admirável não hesita em escolher palavras e fórmulas num linguajar acessível que toca os corações. Por vezes suas expressões são acompanhadas de humor ou de metáforas descomplicadas que fazem a delícia da mídia e impressionam positivamente os fiéis. Quer nas Missa  ou nas audiências ou nos mais diversos encontros no Vaticano ou em suas apostólicas viagens pelo mundo, sua palavra clara, objetiva enleva  os ouvintes. Na primeira Missa que ele celebrou na Capela Sixtina afirmou: “Podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo isto nada vale. Tornamo-nos uma ONG humanitária, mas não a Igreja esposa do Senhor”. Na sua primeira alocução por ocasião do “Angelus” alertou: “Deus não se cansa de nos perdoar, se nós vamos a Ele com o coração contrito”.  Na Missa de inauguração de seu pontificado assim se expressou: “Não nos esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço e que o papa, ele também, por exercer o poder deve entrar sempre mais no serviço que tem sua culminância luminosa sobre a Cruz”. Numa de suas homilias na Casa Santa Marta declarou: “A Igreja não pode ser uma baby-sitter que toma conta de uma criança para que ela adormeça. Se assim fosse, seria uma Igreja entorpecida”. Em outra homilia exaltou o júbilo que deve ter todo cristão: “A alegria é um dom do Senhor. Não sejais como cristãos melancólicos que parecem pimenta com vinagre, mas sede pessoas que são alegres e que têm uma vida saudável”. Grande sua preocupação sobre a preservação do meio ambiente. Na primeira celebração deste ano pediu o fim da indiferença que obstaculiza a solidariedade e que a  humanidade  saia da falsa neutralidade que cria obstáculos que impedem a partilha.   Deus o ilumine sempre. lhe dê coragem para enfrentar com sabedora os problemas hodiernos e saibamos usufruir deste Ano da Misericórdia por ele promulgado.* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.


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