IMPORTÃNCIA DOS MANDAMENTOS DA
LEI DA IGREJA
Côn.
José Geraldo Vidigal de Carvalho *
É importante sempre recordar os
cinco mandamentos da Lei da Igreja, que são cinco: 1- Participar da Missa aos
Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades
que pudessem impedir a santificação desses dias No Brasil os dias santos de
guarda são: Santa Maria, Mãe de Deus - 01 de janeiro; Santíssimo Corpo e Sangue
de Cristo (Corpus Christi) - data variável entre maio e junho: 1ª
quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade; Imaculada Conceição de
Maria - 08 de dezembro; Natal de Jesus Cristo - 25 de dezembro. 2- Confessar-se
ao menos uma vez por ano. 3- Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela
Páscoa. 4- Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos
pela Igreja. Dias de jejum e abstinência:
quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa. 5-Atender às necessidades materiais
da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades. Estes cinco
mandamentos, na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento
XVI, quando suprimiu o termo "dízimos" do quinto mandamento (pagar
dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, contribuição,
não taxação, mesmo porque dízimo, no sentido próprio da palavra, nunca existiu
na Igreja
Católica.
Muitos indagam porque estes mandamentos foram instituídos. Conforme está no número 2041 do Catecismo da Igreja
Católica, “os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral
ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas
leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir
aos fiéis o mínimo
indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor
de Deus e do próximo”. Estes mandamentos mostram o mínimo
que um fiel deve observar para cumprir suas obrigações para com Deus. Há uma
diferença entre os mandamentos de Lei de Deus e os mandamentos da Lei da
Igreja. Os mandamentos de Lei de Deus são o conjunto de dez leis
dadas, segundo o Antigo Testamento, a Moisés no monte Sinai. Os Mandamentos da
Lei da igreja são obrigações estabelecidas pela Igreja consideradas as mais
importantes para os fiéis. Ela legisla por força da autoridade que Cristo lhe
conferiu. A Igreja tem, de fato, o poder legislativo no âmbito religioso,
visando o progresso espiritual dos fiéis. O cinco mandamentos da lei da Igreja
prescrevem o mínimo que um fiel deve pratica. Com efeito, quem penetra fundo,
por exemplo, no significado da Comunhão não se limitará nunca a receber o
Sacramento da Eucaristia uma vez por ano. Ao instituir a Eucaristia Cristo
desejava se unir a nós em estreita comunhão. Ele mesmo asseverou: “Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). É que
Ele não só quis prolongar uma imolação já de si tão estupenda, senão que
desejou que nós estivéssemos unidos a Ele por uma união reduplicada, profunda,
ou seja, nós nele e Ele em nós num modo
de estar recíproco. O ser racional em Deus e Deus nele! Maravilha que só um
grande amor poderia realizar. Apenas na eternidade o cristão terá plena
consciência da imensidade de benefícios espirituais que, no tempo, estiveram a
seu inteiro dispor no Sacramento do Altar. A graça sacramental específica que
ele outorga é a força que de si comunica por ser alimento divino. Robustez,
fruto da união física com o Verbo Eterno de Deus. Esta união com Ele é
transformadora, metamorfoseando o fiel em Cristo. Por isto quem tem fé procura
viver em estado de graça para poder
sempre comungar. * Professor no
Seminário de Mariana durante 40 anos.
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