quinta-feira, 27 de abril de 2017

A CULTURA PRODUZIDA PELAS MÍDIAS

A CULTURA PRODUZIDA PELAS MÍDIAS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*

No mundo globalizado de hoje merece especial atenção a indústria da comunicação. Esta procura controlar o que cada um vê, ouve ou lê Nas mãos de grupos poderosos está, política e economicamente, o domínio da informação, da diversão e da propaganda. Há uma influência profunda no modo de ser das pessoas que passam a agir segundo os ditames da mídia que se torna dominante. A grande cultura midiática é uma realidade que marca os que vivem neste século 21. A internet ao lado dos benefícios oferecidos leva, muitas vezes, a uma dispersão que afeta a conduta das pessoas. O que se ganha hoje pela extensão de conhecimentos, se perde em profundidade de análise objetiva. Imerso no mundo virtual muitos perdem o contato com a realidade. É de se notar que as mídias ou todos os meios de comunicação de massa estão presentes por toda parte e ocupam um enorme tempo das pessoas. São geradoras de cultura por passarem continuamente mensagens que ficam incorporadas ao modo pensar e sentir daqueles aos quais falta o senso crítico. Os donos do poder com rara habilidade sabem explorar as condições sociais e econômicas, manipulando fatos e as mais diversas ocorrências visando seus interesses. Os incautos não discernem então entre o certo e o errado, a verdade e a falsidade. Uma das táticas dos controladores das mídias, por exemplo, se pode perceber nas manchetes dos jornais e nas chamadas das notícias na televisão. Um bom número de pessoas apenas as lê ou ouvem e recebem um impacto muitas vezes deletério. Cumpre, portanto, verificar o conteúdo do que está escrito ou é falado para detectar as distorções que visam iludir. Além disto, é preciso não ser escravo da internet malbaratando o tempo. Além disto, é preciso não ser escravo da internet malbaratando o tempo. Todo cuidado é pouco com relação às redes sociais. Há muitos imprudentes que entram em contato com desconhecidos que podem ser pessoas perigosas, mal intencionadas. Isto sem falar nos contatos envolvendo conversas amorosas, namoros virtuais, colocando até em risco o próprio matrimônio. É preciso ainda denunciar todos os pactos satânicos, sobretudo entre os jovens, Lamentáveis os casos recentes de suicídios programados através do facebook, a já  tristemente famosa baleia azul.  Anos atrás, outras mortes funestas ocorreram como a que aconteceu  no cemitério de Ouro Preto fruto do RPG, ou role-playing game,  inventado em 1974, nos Estados Unidos. Consequências nefastas fluem também dos sites pornográficos que alimentam uma cultura do sexo desregrado. Quem tem bom senso os evita sem tergiversações. Por outro lado, porém, se há uma cultura do mal, do domínio econômico e político, é necessário que as forças do bem se mobilizem e contraponham com mensagens construtivas para a difusão do bem, da justiça, da virtude e da verdade. Deste modo a mídia se torna um poderoso veículo de evangelização numa proclamação vigorosa da Palavra de Deus. Trata-se de um apostolado esclarecido já exercido por muitos cristãos cujas paginas, por exemplo, no facebook se acham repletas de uma doutrinação eivada dos princípios da doutrina de Cristo. É o que aconselhava São Paulo aos Romanos: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. (Rom 13,11-14). Bem imenso tem feito, a Catolicanet, a Milícia da Imaculada. entre tantas outras entidades a serviço do Evangelho, bem como as redes de televisão, jornais, revistas, boletins católicos a merecerem todo apoio dos que amam a Deus e O querem conhecido e amado. Oferecem impactos positivos, servindo como aporte aos catequistas. Deste modo, afastados os danos, se difundem benefícios culturais. Trata-se de cristianizar a tecnologia numa comunicação proveitosa e construtiva, sem se deixar escravizar pela mesma.* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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