quarta-feira, 13 de março de 2013

PAPA FRANCISCO SAUDADO COM ALEGRIA

PAPA FRANCISCO, SAUDADO COM ALEGRIA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Uma das sentenças mais felizes lançadas na História da foi a de São Cipriano, bispo de Cartago, no século terceiro: “Onde está Pedro, aí está a Igreja”. Através dos tempos o papado vem sendo objeto de tantos ataques dos inimigos da Verdade, exatamente porque querem desestabilizar a Instituição estabelecida por Jesus. Nos dias que se seguiram a renúncia de Bento XVI a mídia mais preocupada com sensacionalismo publicou textos horripilos sobre  a Santa Sé. Esta, porém, foi edificada sobre uma rocha que é Pedro (Mt 16,18). Ele e seus sucessores, que são os bispos de Roma, são o centro da unidade e da estabilidade do catolicismo. O pontificado romano é uma estrutura decorrente de necessidades básicas, com caráter de total permanência, justamente porque as portas do inferno combateriam sempre a doutrina verdadeira de Cristo, mas deveriam ser continuamente derrotadas (Mt 16,18). O Pastor Supremo, ininterruptamente, está a custodiar a integridade da fé, condenando os erros, mantendo a pureza dos ensinamentos do Mestre divino. Com sua doutrina aclara, nos mais variados contextos históricos, a crença dos cristãos, firmando os princípios da fé e da moral. É certo que todos os apóstolos eram iguais a Pedro, adornados com a mesma participação de honra e poder, mas a força dimana da unidade e a Pedro o primado foi conferido por Jesus, para demonstrar que una era sua Igreja e una a cátedra da veracidade (Jo 21,15-17). Com prodigiosa fecundidade a Igreja se estende na multidão dos fiéis, século após século, exatamente com esta energia de uma invencível unidade em torno do mesmo Chefe, Vigário de Cristo. Assim como muitos são os raios do sol, mas único o astro rei; muitos os ramos da árvore, mas um só tronco fundado em firme raiz, do mesmo modo milhões de batizados, mas uma única Igreja, um único comandante da nave petrina. Muitos arroios procedem de um mesmo manancial, ainda que tenham aumentado seu número com a abundância de água, assim as comunidades católicas se estendem pelo mundo todo, mas tendo uma procedência comum. A Igreja católica conserva a dois mil e treze anos uma consistência admirável, uma coerência surpreendente, por causa da conexão com seu Fundador divino através daquele que Ele colocou à frente de seu Rebanho. Com uma fecundidade inigualável estende por toda a terra o Evangelho. Iluminada com a luz do Salvador, difunde seus raios por todo o orbe, mas uma só é a luz que derrama por todas as partes sem se separar da unidade da origem. Com louçania abre seus ramos por toda a terra, uma, porém,  é a árvore  e, por isto, abundantes em resultados de frutuoso apostolado  sua atuação milenar. Esplêndido o sistema de governo eclesiástico exercido pelo Papa. A função petrina do Bispo de Roma se identificou continuamente com o cuidado sobre todas as Igrejas espalhadas nas mais diversas regiões. O Bispo de Roma é a cabeça do Colégio dos Bispos que participa da responsabilidade pela Igreja universal. Trata-se de uma autoridade pastoral na sua finalidade, mesmo quando a forma se manifesta de maneira jurídica e nunca deixou de ser entendida em seu contexto colegial, ou seja, o Papa governa a Igreja com a totalidade dos bispos. O episcopado universal, pelo bem de toda a Igreja, colabora com o Pontífice de Roma em importantes problemas que dizem respeito às igrejas locais.  Deste modo há a possibilidade de discernimento no que tange ao que o Espírito Santo diz às diversas comunidades (Ap 2,7). Deste modo os Bispos, unidos ao Papa, defendem nas suas circunscrições a unidade da fé e da disciplina que é comum a toda a Igreja.  É o maravilhoso vínculo da unidade, caridade e paz que leva à resolução das questões mais difíceis suscitadas pelas novas conjunturas. Tudo isto mostra uma estrutura sólida a serviço de uma obra salvífica a ser levada a todas as gerações. Quando tantos espíritos levianos combatem o Papa e vozes díssonantes partindo, por vezes, até de dentro da própria Igreja. querem deslustrar o papel do Sucessor de Pedro, cumpre firmar estes princípios. O novo Papa há de mostrar como, de fato, era o homem talhado para suceder a Bento XVI, Pontífice que maravilhou os fiéis com sua cultura, sua sabedoria e zelo apostólico e que, pelos seus ensinamentos e ações, continuará a ser um farol neste milênio de princípio tão conturbado. Proclamemos sempre que a Igreja de Cristo é una, santa, católica, apostólica e rezemos sempre pelo Papa Francisco, como ele pediu tão insistentemente na sua primeira alocução aos fiéis ! * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.




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