ASC E
JSC: MEIO DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL DE
SANTIFICAÇÃO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
1 NORMAS
DE UMA CONDUTA CRISTÃ
1.1 Objetivo: progresso na vida espiritual
1,2 Elementos
*
Emprego consciente do tempo
Menos
celular, televisão, conversas inúteis
Mais
estudo, oração e cuidado com a saúde
Menos
vaidade e complacência pessoal
Mais
aplicação no estudo para ajudar o
próximo como bom profissional
*
Invocação humilde do vigor do Espírito
Santo
Seguir
então sempre as inspirações divinas
Dominar,
em consequência, as paixões condenáveis
Constância,
paciência e perseverança
Vencer
deste modo a negligência, a indolência e
o desleixo
*
Não se deixar guiar pelas mensagens deletérias da mídia
Não
ser joguete das ciladas do inimigo
Nada
de sites pornográficos, lascivos, imorais
2 A
CONVERSÃO NECESSÁRIA E ININTERRUPTA: METANOIA
2.1 São João Batista alertava: :
"Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo [...] Produzi frutos
que provem a vossa conversão” (Mt 3, 2.8).
2.2 No profeta Ezequiel está uma explicação desta
atitude a ser tomada: “Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho que seguis;
por que haveis de perecer, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33,11).
2.3 Através do
profeta Isaias Deus alertou: "Meus caminhos não são os vossos
caminhos, diz o Senhor (Is 56,8).
2.4 O salmista proclama: “Deus conhece o caminho
dos justos, mas o caminho dos ímpios acaba mal (Sl 1,6).
2.5 Adverte o Livro dos Provérbios: “A senda dos
justos é como a luz da aurora, que vai clareando até ao pleno dia. Ao contrário
o caminho dos maus é como nas trevas: não veem onde vão tropeçar” [...] A vida
acha-se nos caminhos da justiça, mas a vereda tortuosa conduz à morte” (Pv 4,18-19; 12,28) ).
“ Converter-se significa então, segundo os
textos bíblicos, praticar as virtudes, fugir dos vícios, ser fiel à verdade,
procurar a paz.
* Deus diz no Deuteronômio: “Olha o que hoje
sugeri: a vida com o bem, e a morte com o mal” (Dt 30,15).
* A conversão significa, portanto, colocar os
passos nos passos de Jesus. É aspecto que caracteriza a vida cristã inteira.
* Quando ocorre um extravio, cumpre
reconhecer o erro, dispondo-se a receber o dom de Deus que perdoa sempre e
oferece a cura espiritual sobretudo através do Sacramento da Confissão. Este
oferece o remédio espiritual que leva a permanecer na conversão sincera.
* Converter-se é
crer firmemente que cada um foi feito capaz de amar sempre a Deus com
união íntima e filial.
* É
sentir-se em comunhão jubilosa com Cristo para realizar junto com Ele a vontade
do Pai.
* É participar do mistério da Encarnação e da
Páscoa que introduz na vida dos predestinados à glória eterna.
* Converter-se é renascer continuamente para a vida
ressuscitada com Cristo, por isto a existência do cristão deve ser uma conversão
ininterrupta.
* Não é somente purificar-se do estado pecaminoso,
mas também progredir no caminho da ascese
*É tornar-se cada vez mais imerso no Espírito Santo, até
sentir-se comprometido com escolha pessoal e fundamental da aquisição da vida
de amor a Deus e ao próximo.
*É um ser inteiramente inserido na dinâmica do
mistério cristológico. Os teólogos lembram que há uma segunda conversão, ou
seja, a passagem do estado da disposição de desapego do mal para a condição de
consagração total ao bem, segundo a diretriz de Jesus: “Sede perfeitos como o
Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48).
* Isto, é evidente, dentro dos limites humanos,
mas sempre com um esforço persistente de melhorar sem desânimo.
* Deste
modo, não apenas se ultrapassa uma existência honestamente boa, mas se foge de
uma prática virtuosa medíocre.
* O cristão passa desta forma não só em viver na
graça santificante, longe do pecado, mas, mais ainda, interioriza o
processo salvífico.
* As verdades evangélicas aparecem em nova luz e
as ações espirituais têm sentido profundo de uma renovação total, transformação
fundamental de pensamentos e ações. * Tal o ideal a ser buscado numa conversão
que produz frutos opimos para a eternidade.
3 TER
EM MENTE A VIDA ETERNA (Busca contínua do céu)
* Eis a questão que
um jovem rico apresentou a Jesus: “Que devo fazer para obter a vida eterna?”
(Mc 10, 17-2).
* O cerne da resposta de Jesus foi que não obstante
a observância dos mandamentos é necessário o desapego das coisas materiais
* Sua ordem foi esta:
“Buscai primeiro o reino de Deus” (Mt 6,33).
* A todos os seus seguidores seria
indistintamente necessário não endeusar a riqueza, os bens materiais em si
mesmos, tendo sempre o foco na vida eterna a ser alcançada com as boas obras,
* ‘O Concílio Vaticano II ensinou com razão
que a vocação à santidade é universal e que ela pode se realizar seja qual for
a situação de cada um neste mundo O principal seria nunca
se esquecer da busca do céu.
* A alma é imortal e a eternidade feliz é o
destino de quem pratica o bem.
* Jesus alertou: “ Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem
matar a alma; temei antes aquele que pode lançar na perdição do inferno tanto a
alma como o corpo. (Mt. 10, 28).
* Que aproveita
ao homem ganhar o mundo inteiro, se chegar a perder a sua alma não entrando na
beatitude do céu?
* “ Disse Jesus: eu sou a ressurreição e a vida;
quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá, e todo aquele que em vida crer
em mim não morrerá eternamente” (Jo . 11, 25-26).
* Devemos pensar sempre em ir
para o céu e São Paulo advertiu: “ O visível dura pouco tempo, ao passo que o
invisível é eterno *(2 Cor. 4, 18).
* Diz a Carta aos Hebreus: “Não
temos aqui (na terra) estadia permanente, mas demandamos a vindoura (Hb 13,14).
* Santo Inácio nos aconselha: “Julguemos todas as coisas não pelo bem ou pelo mal que delas nos provêm na vida presente, mas pelas vantagens que elas nos causam à vida da eternidade”.
* Santo Inácio nos aconselha: “Julguemos todas as coisas não pelo bem ou pelo mal que delas nos provêm na vida presente, mas pelas vantagens que elas nos causam à vida da eternidade”.
* Nunca devemos nos esquecer de que ou Eternidade
no céu! Ou Eternidade no inferno! Ou Eternidade com Deus! Ou Eternidade com os demônios!
* Portanto, busca ininterrupta do céu!
4 CONCLUSÕES
* A obstinação no exercício do bem aumenta a
firmeza da vontade e impede o coração de se contaminar com a indolência.
* Não
é fácil vencer a negligência, mas é belo viver pelo ideal da própria
santificação, não deixando a languidez imperar sobre os bons propósitos.
* Estes
devem ser resguardados pela confiança absoluta da proteção que Deus nunca nega
a quem é sincero.
* Poderão ocorrer vacilos e descuidos, mas a
porfia do recomeço leva a renovadas vitórias como aconteceu com tantos santos.
* Quando um doloroso sentimento de impotência
se apossava dos santos os santos sabiam
invocar o socorro divino e com ele todos os esmorecimentos foram afastados.
* Recomendar-se
à proteção da Virgem Maria e dos santos
da devoção de cada um, pois tudo se
dissipa, se desdobrando como arco íris
capaz de renovar todas as forças interiores.
* Lembrar-se
que ao tempo das borrascas das dúvidas ou do desânimo se sucederão a paz
e o sossego.
* Encontrar sempre no fundo do coração um
novo dia ainda mais interior submisso à vontade de Deus.
* O cristão convertido sabe que é um peregrino,
como ser que vive debaixo da tenda em condição provisória, como pessoa que jaz
sob a lei fundamental de uma mudança sempre mais profunda nas vias da
santificação pessoal.
* O apelo de Jesus ao desapego e à
radicalidade exigida do homem rico e dos apóstolos tratava-se de um ideal que
não podia se separar da vocação particular que o próprio Deus confiaria a cada
um neste mundo e nas circunstâncias peculiares do exercício desta vocação.
* Jesus ensinou que o caminho que leva à vida eterna é estreito,
isento de ilusões terrenas, de prazeres condenáveis e de uma autonomia
desenfreada. Assim sendo, a busca do céu
supõe ter uma vida virtuosa,
unida ao divino Redentor.
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