sábado, 24 de novembro de 2012

SABER OU NÃO SABER DO MENSALÃO

                        SABER OU NÃO SABER SOBRE O MENSALÃO
Côn..José Geraldo Vidigal de Carvalho, da Academia Mineira de Letras
As peripécias do famigerado mensalão, acompanhadas com estupefação pelos brasileiros, entre seus rescaldos deixará para a história um enigma: Lula sabia ou não sabia do que estava acontecendo. Homem público, blindado como poucos diante dos acontecimentos, além de sua acuidade política inegável, com sua verborréia acaba por fixar uma idéia de uma cândida inocência. A questão é esta: se ele sabia, então possivelmente quase  entrou nesta maracutaia; se não sabia o alcance de sua perceptibilidade foi lamentável e não deixa de macular sua carreira política. Com efeito, é sempre visto pelos seus correligionários como uma águia ainda mais gloriosa que aquela que encantou Haia. Pairará, de fato, sempre  a dúvida se o ex-Presidente da República tinha ou não conhecimento da corrupção reinante e se  ele poderia proferir estes versículos do salmo 25: “Não me sento entre os homens perversos, nem me associo com os hipócritas. Aborreço a sociedade dos malfeitores e não me sento com os ímpios”. Houve ou não omissão do Mandatário Supremo do país? Seja como for o salmista censura os corruptos: “ Mais vale o pouco ao justo, que as muitas riquezas aos ímpios”. Aqueles que andaram prevaricando que tomem cuidado, pois Deus não passa recibo aos que praticam a iniqüidade, aos que devoram o seu povo . Como bom Chefe da Nação, Lula deveria  ter sinceramente assim orado: “Faze bem, Senhor, aos bons e aos retos de coração. Mas aos que se desviam para caminhos tortuosos, expulse-os o Senhor com os malfeitores  [ ...]  “Salva tua gente, Senhor, e abençoa tua herança! Apascenta-os, carrega-os nos teus braços para sempre!  Aos brasileiros cabe pedir: “Muda, Senhor, a nossa sorte”! , para que não haja tanta corrupção em nossa pátria. Como o ex-Presidente afirmou, certa vez,  solenemente que é o mais probo dos brasileiros, aliás sem especificar o tempo, portanto, desde Cabral até hoje, ele então recebe o elogio  das Escrituras: “Feliz o homem que não anda segundo as máximas dos ímpios, e não segue o caminho dos pecadores, nem se assenta na companhia dos insolentes” . Os que estão, contudo, envolvidos nas peitas se recordem das palavras do salmista: “Não poderão, portanto, subsistir os maus perante os tribunais nem os pecadores nas reuniões dos justos”  [...] Eles dizem mentiras uns aos outros, falam com lábios enganadores e coração duplo” . A palavra de Deus é infalível e aí daqueles que desprezam as veredas do Senhor! Bem-aventurados, porém, os que trilham os caminhos do bem!

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