segunda-feira, 25 de novembro de 2019

ADVENTO, TEMPO DE VIGILÂNCIA E DISPONIBILIDADE


ADVENTO, TEMPO DE VIGILÂNCIA E DISPONIBILIDADE.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O tempo do Advento envolve os cristãos na expectativa da vinda do Senhor e exige total disponibilidade para dignamente recebê-lo. Daí o alerta do Evangelho: “Estai preparados, porque a hora em que não pensais virá o Filho do homem” (Mt 24,37-44). Ele vem e chegará com novas graças e isto supõe estar vigilantes e inteiramente disponíveis para aguardá-lo. O Senhor vem para encorajar, pacificar, orientar e vivificar a expectativa pela sua chegada. Ele ostenta seu poder e chega para a todos salvar. Sublime é o seu nome e será preciso servi-lo na justiça e na santidade sempre lembrado de sua presença santíssima. Então Ele será para todos luz de vida, de felicidade e de paz. Eis por que é importante refletir sobre ao mistério da chegada de Jesus que de maneira especial vem para purificar e santificar. A teologia da expectativa do nascimento do Salvador e de seu retorno no fim dos tempos apresenta pistas para uma espiritualidade do Advento. Crer é desejar sempre mais ardentemente a vinda do Senhor, é perseverar com o coração desperto e atento. Acreditar é se deixar transformar sob o influxo das realidades natalinas e da consumação da história, apesar das fragilidades humanas e as impaciências que elas fazem surgir. Daí muitas vezes o desânimo, o afrouxamento espiritual. Eis porque São Paulo incita a sair cada um de sua sonolência, fugindo da rotina no trato com Deus, de uma acédia, de uma indolência que precisam ser vencidas. A expectativa suscitada pelo Advento bem vivida leva a uma fuga do ativismo e de preces vazias, bem como do desânimo e da falta de um grande fervor. Deste modo, o Advento conduz a um aprofundamento interior, levando o fiel a se desconectar do uso exagerado do celular, da televisão, para centralizá-lo mais na figura do divino Salvador. É este um tempo precioso oferecido pela misericórdia divina para a própria transformação e amadurecimento religioso, permitindo que Deus possa transformar o coração daquele que piedosamente O aguarda. Eis porque cumpre penetrar fundo na espiritualidade do Advento, caminhando no fulgor do Senhor ansiosamente esperado, pois a salvação está próxima como alertou São Paulo (Rm 13,11). Deste modo, quer a vinda de Cristo no seu Natal, quer no fim dos tempos não fica envolta numa vã esperança na qual muitos, por vezes, enquadram o significado destas realidades. O que Deus deseja é a conversão de cada um que nele crê, o que atrairá todas as bênçãos natalinas e a visão beatificante da parusia final, da sua vinda por ocasião do juízo universal. Cumpre, pois, abrir o coração e a inteligência para entrar na verdadeira dinâmica proposta para bem viver este tempo precioso. Todos, sejam quais forem suas atividades, são chamados a uma revisão de vida. Trata-se de um apelo para que se consagre ainda mais toda energia afim de que no Reino de Deus todos possam encontrar o que o mundo não pode dar. Deste modo, cada um se torna um discípulo missionário de Cristo, fazendo de seu Natal o momento precioso para fazer, de acordo com o carisma de cada um, Jesus ainda mais conhecido e amado, Ele que um dia voltará para julgar os vivos e os mortos. Cumpre que o seguidor de Jesus seja inteiramente transformado pelo seu mistério, estando Ele no cerne da vida de cada um. Assim, ano a ano, se dá um crescimento progressivo no encontro com Deus numa vida de qualidade que somente o Filho de Deus encarnado pode oferecer. Uma existência na qual se sai de si mesmo para caminhar à luz de valores espirituais profundos, levando outros ao amor, ao perdão, ao acolhimento mútuo, ao dinamismo de uma evangelização profícua. Então, realmente, Deus estará passando de maneira especial na vida de cada um. A presença de Cristo se torna assim uma força e todas as dificuldades são superadas e o cristão se sente fortalecido diante das surpresas que a vida reserva dentro dos planos da providência divina. Tudo interpretado como um sinal, como uma oportunidade para caminhar para frente até o Presépio e, após uma trajetória luminosa nesta terra, poder, um dia, estar tranquilo na vinda final de Jesus que voltará para julgar os vivos e os mortos. Fixemos então o sábio conselho de São Paulo: “Revesti-vos do Senhor nosso Jesus Cristo”. *Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

CRISTO, REI DO UNIVERSO


CRISTO, REI DO UNIVERSO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
O Evangelho do último domingo do ano litúrgico leva-nos a olhar a cruz de Cristo e a repetir a prece do Bom Ladrão: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. Então escutaremos a mesma resposta deste Senhor poderoso afiançando-nos que um dia estaremos com Ele no Paraíso (Lc 23,35-43). Trata-se de uma súplica na qual devem estar incluídos todos os que sofrem neste mundo e vivem sem esperança e sem amor. Cumpre rezar pelas vítimas da violência, pelas famílias nas quais não reina a paz, pelos doentes de nossas comunidades. É preciso, de fato, que todos os fiéis sejam mensageiros da grande misericórdia de um Rei poderoso que se sacrificou para todos os seus seguidores no alto de uma Cruz. Elaborada na irrisão, a inscrição colocada acima do Crucificado e escrita em grego, latim e hebraico trazia o motivo daquele suplício: “Este é o rei dos judeus”. Proclamava então a grande verdade, ou seja, ali, de fato, estava um soberano. A realeza de Jesus, porém, não incluía apenas os judeus, mas toda a humanidade como bem explicou São Paulo na Carta aos Filipenses, dizendo que Jesus “se humilhou, fazendo-se obediente até à morte e à morte de cruz. E por isso Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que, no nome de Jesus todo o joelho se dobre nos céus, na terra, e abaixo da terra e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai” (Fil 2,8-11). O mau ladrão, Gestas, proclamou também uma verdade, ao assim se dirigir a Cristo “Não és tu o Messias?”. Errou, porém, ao acrescentar: “Salva-te a ti mesmo e a nós!”. Com efeito, ele não compreendeu o mistério dos sofrimentos que levariam à morte aquele Rei, o Messias. É que Jesus não queria se salvar da cruz, porque ele veio salvar pela cruz, pelo amor que tinha ao Pai e a todos os homens pelos quais Ele padecia. Ele era um rei cujo amor era a força de uma salvação universal e esta era o motivo de seu sofrimento. Este rei que morre pregado numa cruz lança uma luz que ilumina o destino venturoso dos que nele creem e que fazem de seus sofrimentos pessoais uma prova de amor a Ele. Jesus, porém, deixou claro: “Aquele que quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16,24). Cada um de seus seguidores deve, portanto, carregar a cruz de cada dia, no cotidiano da existência que exige esforço e coragem para enfrentar os problemas grandes e pequenos, as incongruências inevitáveis a seres humanos contingentes. Apenas assim o cristão se mostra fiel a este Soberano que por todos se sacrificou. Trata-se de tomar a cruz de um combate contínuo pela autenticidade, o esforço de caridade para com o próximo, o devotamento à evangelização e tudo isto com muito amor no coração e total perseverança na caminhada neste mundo. É deste modo que a existência de um cristão é entregue a Cristo, Rei do Universo. Este é o destino pascal inscrito no dia do batismo e a ser vivido lá onde Deus colocou cada um, ou seja, no lar, na escola, nos lugares de diversões sadias, enfim nas diversas etapas da vida e nas mais variadas circunstâncias. É no cotidiano de nossa vida que Cristo, o Messias, o Rei do Universo quer ser soberano. A realeza de Cristo Rei se manifesta no fulgor de seus ensinamentos vividos pelos seus súditos leais. Estes iluminam o mundo com o ardor de seu amor. É deste modo que se acolhe a vontade do Pai e que se valoriza a Cruz de Jesus. A todo instante se deve manifestar a gratidão a este Rei sem cuja proteção nada de bom se pode realizar para glória divina e salvação própria e de todas as almas. O Rei crucificado é o Salvador do mundo, purificando seus súditos de toda mancha de qualquer pecado, arrancando-os das trevas dos erros, fortificando-os nos embates contra o espírito do mal. Esta cruz do Soberano crucificado é a fonte de todas as bênçãos e de todas as graças. Como alertou o papa São Leão Magno é por ela que “os cristãos logram passar da fraqueza para o vigor, da ignomínia para a honra, da morte para a vida”. É que este Rei prometeu: “Vou preparar-vos um lugar, mas voltarei de novo para tomar-vos e levar-vos comigo; para que, onde eu estiver, vós também estejais!”(Jo 141-3). Sejamos fiéis a Cristo, Rei do universo e, com toda certeza, estaremos um dia com Ele por toda a eternidade. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Constância na fé e nas provações


01 CONSTÂNCIA NA FÉ E NAS PROVAÇÕES
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
À fragilidade das obras humanas Jesus opõe a necessidade da constância, da firmeza nas realidades sobrenaturais e perante as provações correspondentes a tudo que é contingente. (Lc 21, 5-19).  Com efeito, diante do templo de Jerusalém, guarnecido com belas pedras e dons, Ele afirmou a seus discípulos: “De tudo que estais vendo, dia virá em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada”, ou seja, vaticinou a ruina daquela grandiosa construção. Entretanto alertou a seus seguidores: “Pela vossa constância é que ganhareis as vossas almas”, isto é, garantiu que a perseverança na fé e nas provações da vida garante a salvação eterna, não perecível. Portanto, alertou para dois fatos inevitáveis: a efemeridade de tudo que é perecível e o valor da persistência na fé apesar das provações. De fato, é preciso ter em vista a fragilidade dos monumentos, das instituições, dos projetos humanos os quais se apresentam como sólidos, mas que são em si frágeis, eles hoje existem amanhã podem desaparecer. Seus ouvintes estavam maravilhados pela beleza daquele templo, como também através dos tempos muitos estariam iludidos com as realizações proporcionadas pelo progresso tecnológico. Em qualquer época o ser humano é vulnerável e a história registra inúmeros cataclismos, terrorismo internacional, pestes, fome, guerras, tudo isto aterrorizando a humanidade. Eis porque Ele aconselhava a construir para a eternidade onde tudo fica solidificado. A fé e a confiança nele deverão então proporcionar o rochedo sólido que nada poderá destruir. Eis porque na Missa, após a consagração, o celebrante diz: “Eis o mistério da fé” e todos respondem repletos de certeza: “Nós proclamamos tua morte, Senhor Jesus, nós celebramos tua ressurreição, vinde Senhor Jesus”. É que a Boa Nova, mensagem do Filho de Deus, é sempre atual e cumpre recebê-la na vida. Trata-se da certeza da presença viva do divino Redentor na existência dos cristãos aqui, agora e por todo sempre. Algo, portanto, indestrutível. O seu discípulo olha o futuro, mas vive intensamente o presente no qual constrói o que é permanente e inelutável. Jesus prometeu: “Nenhum cabelo de vossa cabeça perderá” (Lc 21,18). Sua presença é reconfortante não obstante todas as tormentas. Num mundo mutável, nas vidas de cada um, em tudo que vai fatalmente passando, no meio de tantas confusões religiosas, éticas, políticas o verdadeiro cristão tem onde se apoiar que é o seu Senhor Jesus Cristo que com ele caminha mostrando como chegar um dia à Casa do Pai. Eis porque seu discípulo ante os preconceitos e a indiferença do atual contexto histórico não desamina nunca e conta com outra promessa de Cristo: “Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual vossos adversários não poderão resistir, nem se opor" (Lc 21,14-15). Sobretudo nas celebrações eucarísticas se encontra a fonte da fortaleza interior, celebrando Aquele que faz renascer da água e do Espírito Santo através de seu Corpo e Sangue que transforma a vida humana tão frágil numa vida eterna já começada aqui na terra. Jesus vem a cada instante para junto daquele que O invoca com unção e vigor, sem cessar, tendo uma visão sábia do fim último de cada um e de toda a história do mundo. É deste modo que se humaniza em ato a presença de Deus. Cada um realizando com todo entusiasmo e espírito de fé as tarefas específicas que a Providência lhe confiou. Trata-se da vivência plena do cotidiano, vivido sempre junto daquele que é o Senhor de tudo. É o traduzir de maneira existencial o conselho de Jesus: “Pela vossa perseverança, ganhareis vossas almas”. Este perseverar significa utilizar os dias que Deus concede para que com as ações diárias se construa um edifício na vida eterna o qual não será nunca destruído O verdadeiro cristão sabe que sua união com Cristo o faz avançar, progredindo sempre, jamais retrocedendo. Jesus quer que seu seguidor tenha uma visão clarificada de seu futuro além-morte. Ai daqueles que, por serem seres pensantes, julgam poderem por si mesmos provar sua superioridade, enfrentando os desafios que surgem. Então aquilatam erroneamente que não têm necessidade de Deus e se tornam vítimas de seu próprio orgulho. Deste modo, provocam a Deus contradizendo o que Cristo afirmou: “Sem mim nada podeis fazer”. A vaidade humana, se não é vencida, acaba levando a uma grande catástrofe pessoal por não reconhecer que longe de Deus sua vulnerabilidade o conduz a desgraças fatais. Tentando desafiar a morte com suas próprias forças, vai ao encontro de todas as desventuras, pois é impossível suplantar os planos divinos. Estes oferecem a felicidade completa não neste mundo, mas na eternidade junto dele.  A audácia humana obsta a muitos a trilharem os caminhos de Deus e isto os impede de obter a salvação eterna. Felizes os que se apoiam, não nas ilusões humanas, mas naquele que, mesmo tendo sido pregado numa cruz e nela morrendo, ressuscitou, vencendo todos os tormentos e abrindo para seus seguidores uma perspectiva de eternidade feliz graças ao seu poder divino. # Professsor no Seminário de Mariana durante 40 anos

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS


01 A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Morte e ressurreição é o tema do Evangelho do 32o domingo do tempo comum (Lc 20, 27-38). Vindo a este mundo Jesus, que é a Ressurreição e a Vida, ao responder as questões dos Saduceus, firmou sua doutrina sobre a ressurreição dos mortos. A vida depois da morte está além de todas as imagens e de todas as barreiras que possamos conceber. Não será uma nova vida, mas será a mesma vida, porém liberta de todos os limites da existência presente, igual a dos anjos. Ressuscitaremos para uma felicidade eterna. O certo é que a vida humana não acaba na hora da morte, mas é transformada para um estado melhor e por toda a eternidade. Os saduceus não acreditavam na ressurreição e por isto propuseram a Jesus uma questão para ridicularizá-la. Eles imaginavam a ressureição com categorias meramente terrestres. Jesus pacientemente lhes mostra que a ressurreição não será como na nossa realidade humana, não uma espécie de vida recomeçada, uma mera reanimação dos cadáveres. Trata-se antes de reviver para sempre uma relação pessoal com Deus que é o Deus dos vivos e não dos mortos, “porque para Ele todos vivem”. Crer na ressurreição é ter certeza absoluta da vitória sobre a morte. O Deus dos vivos garante aos mortais a vida eterna.  No cerne da fé cristã há a esperança da ressurreição. Jesus que morreu, ressuscitou ao terceiro dia imortal e impassível, Ele é a fonte de toda a vida. Os seres humanos estão destinados a morrer, não, porém, a desaparecer no nada, mas têm a promessa de seu Redentor que pôde afirmar: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mimainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. (João 11,25-26). A ressurreição de Jesus é o fundamento da esperança cristã diante da realidade universal da morte. Esta realidade do fim da vida terrestre de todos os homens e mulheres; os fluxos do tempo têm sido o ponto de partida de numerosas reflexões filosóficas e religiosas. Dependendo da resposta que se dá ao sentido da morte é que se determinará o sentido da vida. Para o cristão, “um por todos, Cristo aceitou morrer na cruz para nos livrar a todos da morte”. Entregou de boa vontade a vida, para que pudéssemos viver eternamente”, como está no segundo Prefácio dos mortos.  Eis porque o seu seguidor habita a casa da esperança e vive em função desta realidade sublime. A teologia da morte é um dos capítulos mais belos do credo cristão. É que nascemos para morrer, mas morremos um dia para viver eternamente junto de Deus. A resposta que Jesus deu aos saduceus sublinha a estreiteza de vista de seus interlocutores que imaginavam após a morte uma vida à semelhança da existência neste mundo, a vida além-túmulo como um simples prolongamento da vida terrestre. Tal interpretação significa desconhecer as Escrituras e o poder de Deus. Jesus cita, com efeito, a célebre passagem da sarça ardente do livro do Êxodo: “Deus não o Deus dos mortos, mas dos vivos” o que implica que o Senhor “não pode abandonar seu amigo à morte, nem deixá-lo ver a corrupção” como proclama o salmo 16. A lição de Jesus deve levar o cristão a se interrogar sobre a maneira pela qual a interpreta. Com efeito, muitos se colocam num horizonte de concepções humanas da vida e da morte e não se deixam guiar pela verdade total à luz do Espírito Santo. A fé na participação do batizado na ressurreição de Cristo se funda sobre sua Palavra, confirmada pelo Pai e atestada pelo Espírito Santo. O objeto da certeza da ressurreição pessoal de cada um está neste Deus Todo-poderoso como escreveu São Paulo aos Coríntios (1 Cor 2,9). O problema levantado pelos saduceus não tinha razão de ser, porque o estado da humanidade glorificada não necessitará mais da procriação no sentido no qual se viveu na condição terrena. Homem e mulher se amarão em Deus que lhes dará parte no Espírito Santo na fecundidade de seu amor divino infinito. Por isto São Paulo aconselhava aos Colossenses a tenderem “para as realidades do alto e não para as da terra” (Col 3,1-40). Crer na ressurreição não é somente falar de algo após a morte, mas também dar um sentido à vida neste mundo. Esta é o caminho para a eternidade onde se terá a plenitude do amor perene de um Deus que é amor. Os atos nesta terra devem ser uma preparação contínua para receber este amor eterno, tudo culminando na ressurreição por ocasião do Juízo Final. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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