terça-feira, 27 de dezembro de 2016

ANO NOVO, NOVAS PERSPECTIVAS

ANO NOVO, NOVAS PERSPECTIVAS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*

O início de um novo ano propicia uma reflexão sobre o bom emprego do tempo. Infelizes aqueles que malbaratam os dias de sua vida, os quais são dons preciosos que Deus lhes concede. O ideal de quem tem bom senso é utilizá-los do melhor modo possível, transformando o momento presente em contínua possibilidade de progresso em todos os aspectos. Para isto é preciso,, antes de tudo, ter consciência de que o tempo passa e a eternidade se aproxima, seja qual for a idade que se tenha. O ser humano nasce não para esse mundo, mas para a situação que não terá fim na outra vida. Entretanto, ser eternamente feliz, ou não, depende do modo como cada um agiu enquanto esteve nesta terra. Daí a importância do agora, dado que nem o passado, nem o futuro nos estão no poder de cada um. É no instante atual que se pode reparar erros cometidos e abrir as portas do céu. Isto através de uma conduta correta e bem de acordo com a vontade divina. É um risco colocar em jogo uma sorte eterna por causa de veleidades passageiras, ilusórias ou, até, pecaminosas. Bem diz o ditado: “Para dia basta sua tarefa”. Esta deve ser realizada dentro dos parâmetros da retidão, da virtude com determinação e coragem. O combate à frivolidade se faz necessária e a fuga da ociosidade é uma questão de fundamental valor. O pensamento de que não se sabe nem o dia, nem a hora em que a morte virá é um saudável meio para um aproveitamento sábio do tempo. Deus exige fidelidade total a Ele e todo cuidado é pouco, pois a vida passa celeremente de uma maneira que escapa ao poder do ser racional. Donde uma atenção ininterrupta para fazer o bem e evitar o mal. Sem agitações, mas na calma o fiel ao fazer o seu exame de consciência no final de cada dia deve examinar se sua caminhada foi ascensional, ou não, rumo à Jerusalém do alto. Outro meio então a ser empregado é uma radical dependência de Deus, evitando tudo que não esteja de acordo com sua vontade santíssima. Sabedor o cristão de sua fraqueza, ele  busca na oração as forças necessárias para avançar na pratica de todas as virtudes. Com sumo discernimento vai cortando tudo que é inútil em seu derredor, sobretudo programas da televisão ou dos outros meios de comunicação social que levam ao esvaziamento interior e acabam conduzindo ao erro e a tudo que contraria Lei de Deus. Trata-se de um combate firme à cegueira espiritual propiciada pelo mundo. Este oferece falsas ideias sobre a santidade a qual precisa ser o ponto de mira de todo cristão, levando a muitos a se julgarem perfeitos, quando, na verdade, estão cheios é de defeitos e estes lhes escampam e se fixam. Daí uma ilusão perniciosa. Eis por que é necessário implorar sempre a iluminação divina para “saber o que é reto”,  como se pede na prece pela qual se invova o Espírito Santo. Este dissipa a cegueira da alma, afasta o orgulho, a sensualidade e outros vícios. Deixar-se guiar pela  luz divina é a maneira certa para enxergar as realidades eternas. Então o cristão não traz os outros à barra de seu tribunal e não se torna juiz nem de sua própria conduta a qual deve estar sempre pautada pela vontade de seu Senhor. Donde a sabedoria de quem sempre pede a Deus para o aclarar por toda parte e em todas as suas ações, para que, depois, possa também iluminar as veredas do próximo. Então, sim, Deus mostra a quem assim procede a magnitude das coisas da eternidade, as quais só são vislumbradas com os clarões celestiais. Portanto, para que o Ano Novo seja feliz tudo deve ser feito sob as inspirações do Divino Espírito Santo que olha para a humildade de seus filhos que compreendem seus desígnios, usando bem os dons que Ele comunica a cada instante aos de boa vontade. Estes saberão sempre distinguir o que fazer para transformar o Ano Novo através de um procedimento fulgurante que conduzirá à eterna bem-aventurança. Durante todo o 2017 é bom recordar do sábio conselho de Rui Barbosa: “Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação moral do homem. A oração é o íntimo sublimar-se da alma pelo contato com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua sobre o mundo onde labutamos”.  Trabalho realizado com eficiência e competência, pois em tudo se está a serviço dos outros* Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

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