segunda-feira, 26 de agosto de 2019

JESUS MESTRE DA HUMILDADE



01 JESUS. MESTRE DA HUMILDADE
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Uma refeição oferecida por um dos principais fariseus foi propícia para que Jesus focalizasse a importância da humildade (Lc 14,1.7-14). Dois detalhes não lhe tinham escapado.  Ele se dirigiu primeiro diretamente aos outros convidados que, sem cerimônia, foram ocupando os primeiros lugares. Corriam o risco de irem para o fim da mesa, caso chegassem outros mais dignos de estarem junto do dono da casa. Deixou então o Mestre divino sua famosa sentença: “Aquele que por si mesmo se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado”. Ao anfitrião, porém, que convidara apenas pessoas importantes, visando no fundo ser depois retribuído, o ensinamento foi um desinteresse envolto em humildade. Com efeito, Jesus aconselhou a preferência aos pobres, aos aleijados, aos coxos, aos cegos, esperando, isto sim, a retribuição de Deus no banquete da vida eterna. Apenas os corações humildes estão abertos à gratuidade para com o próximo. Quando se percorre a Bíblia fica claro que a humildade é o segredo dos amigos de Deus, o segredo do equilíbrio. Por isto bem se diz que a humildade é a verdade. A verdade daquilo que cada um é e isto já abre o caminho para o bom relacionamento consigo mesmo, com os outros e com Deus. Consigo mesmo porque esta virtude leva a reconhecer não apenas as próprias fraquezas, mas também os dons recebidos de seu Senhor. Foi o que se deu com a Virgem Maria que pôde dizer no seu hino de ação de graças que o Criador havia olhado para a pequenez de sua serva, mas também proclamou que o Todo-poderoso nela fizera grandes coisas. Por isto ela mostrou que Deus eleva os humildes e deixa os orgulhosos de mãos vazias. Esta virtude leva também ao bom relacionamento com o próximo, pois o humilde não se julga superior a ninguém. Por outro lado o humilde nunca traz Deus a seu tribunal humano mesquinho e não está a querer que o Onipotente aja conforme seus pobres moldes mentais. O modelo para cada um é o próprio Cristo que pôde aconselhar: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. São Paulo aos filipenses asseverou que Jesus "sendo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." (Fil 2, 7-8). A humildade é simplesmente entáo a imitação do divino Mestre. É deste modo que se podem receber as bênçãos espirituais, sendo imagem do Filho de Deus. Então fica aberto o caminho para a mais absoluta fraternidade, sobretudo para com os deserdados da sorte como bem Jesus ressaltou a seu anfitrião. O humilde não se julga importante querendo para si os primeiros lugares ou apenas se relacionando com os ricos e poderosos. Ele se reconhece, como disse o papa Francisco, um pecador perdoado, mas amado por Deus e assim tem diante de si horizontes extraordinários bem diferentes daquele que Jesus percebeu no banquete para o qual fora convidado. Neste ágape reinava ambição e vaidade, resultado da falta de humildade existencial. É esta virtude que faz frutificar a vida do cristão e então esta dá frutos em abundância lá onde a Providência colocou cada um neste mundo. Seu lugar na sua família, na sua profissão, na sua comunidade não se julgando melhor ou maior que os outros. Não se trata apenas de uma questão de cortesia humana, uma mera questão de saber viver, mas é uma condição para entrar no banquete do reino eterno. Para isto é que a humildade e o desprendimento são o fundamento da vida interior, da vida espiritual, do combate contra as forças do mal, Trata-se de agir na lógica de Jesus e não na dialética do mundo, apartada toda vã glória e soberba com relação aos outros. Trata-se de fazer a cada instante que todas as ações estejam de acordo com o projeto de salvação de um Deus sumamente misericordioso. Apenas ele conhece os mais santos, os que mais merecem estar junto de seu divino Filho e, a seus olhos, muitas vezes são os menos aplaudidos pelos homens. Jesus ensina então a não ambicionar os primeiros lugares Isso não significa deixar de lado as responsabilIDADES de chefe, de educador, sem dureza, mas também sem fraquezas condenáveis. Tudo feito com muito amor envolvendo os mais necessitados em comiseração. Tudo isto modifica as perspectivas meramente egocêntricas. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 aos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A PORTA ESTREITA


A PORTA ESTREITA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
As indagações que eram feitas a Jesus Ele nem sempre as respondia detalhadamente, diretamente, mas delas se servia para deixar uma mensagem rica de ensinamentos. Assim se deu quando lhe perguntaram: “Senhor são poucos os que se salvam”? (Lucas, 13,22-30). Tratava-se do problema sério do caminho da salvação eterna. Era uma vã curiosidade em busca de uma segurança pessoal. O Mestre divino respondeu, porém, através de uma exigência. Asseverou claramente: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque, vo-lo digo, muitos tentarão entrar e não conseguirão”. Uma questão é certa: um dia a porta que dá entrada ao banquete celeste irreversivelmente se fechará, pois para cada ser humano chegará a hora na qual terá lugar a última página de sua vida. Todos estão convidados para o festim lá na casa do Pai, mas o ingresso no mesma é através de uma caminhada que levará a uma porta estreita. Isto supõe devotamento, abnegação, sacrifício. A existência humana não é uma rota atraente que seduza os sentidos. É preciso olhar além das dificuldades imediatas, pois a felicidade para a qual o Redentor convida seu seguidor é destinada aos fortes, aos corajosos, aos virtuosos, aos que carregam sua cruz sem esmorecimentos. Não há, como não houve para Cristo, o triunfo do Domingo de Páscoa sem a Sexta feira do Calvário. Sem sacrifício não será possível obter um lugar no ágape eterno. A porta que dá acesso ao mesmo é estreita, apertada e por ela não passarão os que não acataram os desígnios divinos bem expressos nos mandamentos que exigem muita abnegação. Esta alicerçada numa fé profunda e num amor sem limites à pessoa do Salvador. Os que se retardarem em se converter baterão nesta porta, mas Jesus deixou patente qual será a resposta: “Afastai-vos de mim vós todos obreiros da iniquidade”. Eis porque São Paulo deixou este alerta na carta aos gálatas: “Enquanto temos tempo façamos o bem a todos” (Gal 6, 10). É imprescindível uma opção radical: ou crer plenamente ou querer servir a dois senhores, a saber, a Deus ou ao mundo e suas ilusões. Para passar pela porta estreita é preciso coerência entre o que se professa e o que se pratica. Não pode haver meio termo. Não há lugar para a mediocridade. É certo também que a Providência divina oferece inúmeras oportunidades para que haja uma revisão de vida, mas razão tinha Santo Agostinho ao asseverar: “Temo a Jesus que passa e que pode não voltar”. Por força das insinuações diabólicas surgem por vezes sofismas refinados para justificar um tipo de vida mais fácil, longe das exigências do Evangelho, mas tal não foi o exemplo de Jesus que na agonia do Horto das Oliveiras disse ao Pai: “Que minha vontade não se faça, mas a tua” (Lc 22,42). Todos têm que escolher entre dois caminhos: um centrado sobre si mesmos e as ilusões terrenas, o outro com olhos fixos na eternidade. Não há santidade sem sacrifícios. Esta verdade, contudo, deve determinar as decisões cotidianas do cristão. Este precisa cuidar que sua existência esteja longe do egoísmo, das paixões, dos valores do mundo, mas seja pautada pelo Evangelho, pela Lei de Deus e os deveres próprios de seu estado de vida. A felicidade perene de cada um dependerá da lealdade para com sua consciência e da fidelidade ao projeto de amor de um Deus sumamente afável. É necessário, contudo, se dispor a corresponder à infinita bondade divina. A porta é estreita, mas não é impossível de ser transposta. Na sua bondade sem limites Deus espera um mínimo de esforço de cada um, mas nunca se pode esquecer que esta porta será fechada. A salvação eterna, porém, não está reservada a um pequeno número, pois Jesus disse abertamente que virão eleitos “do oriente e do ocidente, do norte e do sul e sentar-se-ão à mesa do reino de Deus”. São aqueles que corresponderam às inspirações divinas depararam as rotas que levam até este Deus misericordioso. As portas da salvação se fecharão para aqueles que procuraram se salvar por si mesmos sem se preocuparem em fazer o que agrada a seu Senhor. É necessário se conformar sempre com os critérios de Deus. Cumpre compreender que é Deus mesmo que vem ao encontro de suas criaturas e multiplica as ocasiões para que cada um perceba que é Ele que conduz até à porta estreita que leva ao banquete do céu. * Professor no Seminário de mariana durante 40 anos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

a minha alma engrandece o Senhor


01 MINHA ALMA ENGRANDECE O SENHOR
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O mistério da solenidade da Assunção de Maria ao céu aparece claro nos textos litúrgicos desta solene festa mariana. No Evangelho a Mãe de Jesus se mostra como a humilde serva do Senhor e na primeira leitura ela é apresentada, na visão de São João, como a mulher revestida de sol e coroada de doze estrelas.  A explicação desta transformação está nas palavras da saudação de Isabel. a primeira teóloga do Novo Testamento: “ Bendita  és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. E donde me é dado a graça que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? (Lc 1,42-43) Na sua encíclica sobre a fé, intitulada Lumen Fidei o  papa Francisco assim se expressou: “A Mãe do Senhor é o ícone da fé (...) Na mãe de Jesus, com efeito, a fé manifestou todo o seu fruto” (LF 58). Uma fecundidade integral bem explicada pelo Chefe da Igreja: “Na plenitude dos tempos, a Palavra de Deus foi dirigida a Maria e ela a acolheu com todo o seu ser, no seu coração”. Ela, realmente, ao dizer ao Anjo no momento da Anunciação “que tudo se faça segundo a tua palavra”  se engajara ainda mais plenamente nos desígnios de Deus. Foi uma adesão  total, sem condições, um sim  sem disposições restritivas. Ela se colocou nas mãos de seu Senhor de corpo e alma e, porque foi uma entrega absoluta de todo o seu ser, no término de sua passagem por esta terra entrou de corpo e alma nos palácios do grande Rei, sendo com toda a justiça glorificada. Eis porque a Igreja festivamente celebra sua Assunção , ela Mãe do Redentor e de todos os redimidos. Um júbilo universal porque trata-se da exaltação de nossa Rainha cuja entrada no céu lembra aos seus filhos que ela prefigura a ressurreição de todos que a seu exemplo são fiéis a Deus. Maria, nossa mãe espiritual, nos precedeu  num maravilhoso itinerário de glória. Antes de penetrar na Casa do Pai de corpo e alma, ela passou pelo Calvário a nos mostrar que é através das vicissitudes da existência terrena, suportadas com perseverança, é que poderemos um dia estar em sua companhia por toda a eternidade. Como aconteceu com ela a glória é sempre precedida pela cruz. Todos os aspectos da celebração da Assunção de Maria dizem, portanto,  respeito não apenas a ela, mas a cada um de nós que deve reter lições tão preciosas de um acontecimento glorioso que não pode se cifrar numa mera comemoração. Os santos que veneramos em nossos altares compreenderam profundamente todos estes ensinamentos e caminhando para a felicidade eterna, transformando os espinhos da vida em méritos que durarão por todo sempre. Aí, portanto, o grande convite da solenidade de hoje: que cada um se entregue resolutamente ao caminho de transfiguração de seu ser, condição para a ressurreição de corpo e alma no dia do Juízo Universal. Dar como Maria um sim a Deus sem condições, uma resposta de fé ao Deus de amor. Então Ele fará na vida de cada um maravilhas como ocorreu com Aquela que hoje contemplamos já no céu de corpo e alma. A festa de hoje se torna um convite a uma total revisão de projetos, tudo adaptado ao final glorioso que será estar lá onde ela nos aguarda. Diante dos percalços do dia a dia o grande remédio contra o medo de não perseverar, perante o temor das dificuldades próprias de um exílio, é imitar a fé que esplendeu na Virgem gloriosamente elevada aos céus. Deste modo é que o cristão se torna testemunho da esperança, esclarecido pela Palavra de Deus. Maria está a nos dizer que em Jesus o cristão é um grande vencedor das insídias de satanás num mundo imerso em paixões desregradas e que passa por cima dos mandamentos sagrados de Deus. Mais do que nunca cumpre que todo cristão tenha com a graça de Deus a audácia para triunfar de tantos erros espalhados pelo mundo afora e inculcados pelos meios de comunicação social. Festejamos, porém Nossa Senhora da glória e no Novo Testamento o termo glória manifesta plenamente a mensagem de pura luz como a do sol fulgurante. Tal foi a presença de Deus em Maria: uma transparência que rebrilhou como o astro rei. Assim sendo a figura de Maria elevada aos céus nos ergue para as realidades do alto e não para as misérias terrenas. A glória desta mulher bendita já chegara ao auge desde o momento da Encarnação do Verbo de Deus ao qual se uniu ainda mais. Por isto sua morte foi qual suave sono do qual logo despertou para ser recebida triunfalmente por toda corte celeste. Tal é a glória de Maria, tal nossa glória um dia, tal a glória de toda a Igreja. Júbilo profundo irradia a festa de hoje, porque Maria que já se acha gloriosamente de corpo e alma lá no céu é o grande sinal de que se, a seu exemplo, formos fiéis às inspirações divinas estaremos junto dela por toda a eternidade na felicidade perene que Deus reserva aos que viverem não em função das realidades mundanas, mas das realidades celestes.* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA


IMPORTÃNCIA DA VIGILÂNCIA
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
A vigilância é um termo recorrente na pregação de Cristo.  Seus alertas são imperativos: “Felizes daqueles servos que o senhor, à chegada, encontrar vigilantes [ ... ] Estai preparados, vós, porque  na  hora em que menos pensais o Filho do homem chega” (Lc 12,32-48). É preciso penetrar fundo no sentido desta advertência: “Estai preparados”. É imperioso então que o cristão esteja atento para reconhecer sempre os sinais que Deus continuamente lhe envia. Trata-se, através do dom do conselho, de saber interpretar os diversos acontecimentos da vida. Isto se dá quando, evitando a dispersão, o seguidor de Cristo vai cumprindo fielmente suas obrigações cotidianas. Olhos fixos no encontro final com o Filho de Deus ao deixar um dia este mundo para penetrar na eternidade. Bem executar suas tarefas diárias, vivendo na presença de Deus, é estar seguindo a recomendação do Mestre divino. Este advertiu ainda: ”A quem muito foi dado, muito será exigido, e àquele a quem muito se entregou muito mais se pedirá”. Enorme, portanto, a responsabilidade de cada um que deverá prestar um dia contas dos dons recebidos. A consciência de ser muito agraciado deve levar o seguidor de Cristo a um esforço constante, envolto, porém, numa absoluta confiança na misericórdia divina. È através de cada um de nós que Deus prossegue sua obra nesse mundo. No final da existência do cristão nesta terra haverá o reencontro com Cristo que colocará o selo de Deus em toda a obra que seu discípulo realizou nesta terra com esforço e muito amor. Ninguém pessoalmente sabe quando isto se dará, pois a morte de cada um é o fato mais certo, mas também o mais incerto quanto ao tempo e a hora. Eis porque Jesus quer que cada um passe seus dias como quem O está esperando no momento que, desde toda eternidade, está marcado no livro da vida. Há duas maneiras basilares para aguardar a vinda do Filho do Homem, ou seja, para quem não tem fé se abre o caminho do desespero e da angústia, para quem crê a esperança mais fagueira o envolve e, ativamente, vai preparando o encontro com Aquele que virá para recompensar tudo de bom que foi feito. Eis por que o verdadeiro cristão vive numa vigilância contínua. Daí o valor do alerta hoje recordado. Isto leva a uma supervalorização do tempo num crescimento ininterrupto da santidade pessoal. Pouco importa o lugar no qual a Providência divina colocou o seguidor de Cristo com suas tarefas específicas, com seus deveres próprios de sua vocação.  O essencial é que, quando Ele vier, o possa encontrar atento, vigilante, multiplicando as boas obras, frutos de uma fé profunda, nunca se perdendo o gosto de viver e tudo realizando sob o olhar de Deus, num nível de honestidade tal que na hora de se deixar esta terra se possa ouvir do Mestre divino: “Eia, servo fiel, entra no gozo de teu Senhor”. Isto, de fato, não importa o instante, seja a meia noite, ou pela manhã, ou durante o dia, ou ao entardecer, pois o importante é que se esteja lá onde se deverá estar para bem O acolher. Deste modo a medida da nossa fidelidade será a medida de nossa felicidade, pois Jesus chegará e passará para nos levar por toda a eternidade  para a Casa do Pai. Neste mundo o cristão já possui na fé e pela fé a realidade esplêndida do mistério de Deus. Entretanto na medida em que ele se apoia no seu Criador e não conta senão com Ele é que esta fé cresce e ilumina toda sua vida, colocando-o em estado de sábia vigilância. Esta faz então dar frutos na realidade de sua vida, na espera de seu Senhor. Deste modo, o céu se torna uma realidade viva, fundamental e não algo longe como uma miragem. Jesus nos convida então a nos abandonar à Providência divina, possuindo uma confiança sempre maior.  Animadoras suas palavras: “Não tenhais receio, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”. É lá que deve estar centrada a vida do cristão, mesmo porque Jesus foi claro: “Onde está o vosso tesouro, aí está o vosso coração”. Estes são novos ingredientes para sermos vigilantes. Esta vigilância atenta tão bem cantada nos salmos: “Aguarda minha alma o Senhor, mais que as sentinelas a aurora, espere Israel o Senhor, porque no Senhor está a misericórdia” (Sl 129,5-7) [...] “Consumiram- me os olhos à espera do meu Deus” (Sl 68,4). É que a esperança é um aguardar seguro da glória futura. Assim, é essencial a vigilância contínua para que não se percam os bens eternos. Esta vigilância chama cada um à  responsabilidade de uma vida inteiramente cristã, longe de tudo que desagrada e Deus e compromete a salvação eterna.* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.