MACUMBA E FEITIÇARIA
Côn. José Geraldo
Vidigal de Carvalho*
Quem tem fé e confia em Deus não teme macumba, feitiço, magia ,
bruxaria, mandinga, despachos e outras tolices.
A consulta aos horóscopos e às
benzedeiras, a astrologia, a
quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte e tudo que esconde uma
vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e sobre os homens, numa crença
ingênua em poderes ocultos, demonstra ignorância religiosa e cultural.
O Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 2116 é claro: “Essas
práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor devemos
exclusivamente a Deus”.
Recorrer a tais métodos é pecado que se torna ainda mais grave
quando se deseja prejudicar o próximo usando tais atitudes.
Todo recurso ao
charlatanismo e indigno do cristão demonstrando falta de fé e de inteligência.
O autêntico seguidor de Cristo nunca se deixa, além disto, levar
por qualquer tipo de superstição.
Ao cristão verdadeiro e
praticante a ele basta Deus e os meios que Cristo por sua Igreja lhe oferece.
Longe do autêntico discípulo de Jesus inclusive atribuir uma importância mágica a certas praticas
religiosas, o que demonstraria profunda ignorância teológica.
O cristão confia todos os seus problemas a Deus e repete
confiante: “O Senhor é meu pastor nada me há de faltar” (Sl 22).
O fruto da oração confiante é o reconforto, a
calma, a alegria de viver, a intuição da sabedoria divina.
São
Gregório de Nissa numa de suas homilias
mostrou que quem corre para Deus se
torna maior e mais alto do que é em sua pequenez pois graças superabundantes
jorram para quem sabe orar com confiança e perseverança.
Está no livro de
Habacuc: “O justo viverá pela sua fidelidade” (Hb 2,3). Esta tudo obtém do
Todo-Poderoso Senhor.
O
cristão, porém, sabe que Deus não é um mero
distribuidor de graças e a prece não tem um caráter mágico. O critério divino é
aquilo que convém à vida eterna de cada um. Com efeito, Jesus afirmou que “o Pai
celeste dará o Espírito Santo àqueles
que lho pedirem”.
É este Espírito Divino que leva á adesão à vontade de Deus que
quer a salvação daqueles que a Ele se dirigem.
Jesus na língua aramaica significa “Deus salva” e tudo que se
solicita ao céu deve estar de acordo com este plano salvífico. O certo é que
quem em Deus confia nada tem a temer.
Reza confiante no Senhor:
“Sede para mim qual rocha de refúgio, cidadela defensiva onde me possa salvar”
(Sl 30,3).
* Professor
no Seminário de Mariana durante 40 anos.
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