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Livros da
autoria do Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
IDEOLOGIA E RAÍZES SOCIAIS DO
CLERO DA CONJURAÇÃO - SÉCULO XVIII - MINAS GERAIS, Viçosa, Imprensa
Universitária da Universidade Federal de Viçosa,1978, 86 p
TEMAS
HISTÓRICOS, Belo Horizonte, Edições Júpiter, 1980, 147 p.
TEMAS ORATÓRIOS, Belo Horizonte, Edições Júpiter,
1981, 137 p. TEMAS SOCIAIS, Ouro Preto, Imprensa Universitária da UFOP, 1982,
100 p. TEMAS FILOSÓFICOS, Ouro Preto, Imprensa Universitária da UFOP, 1982,
99 p. – Filosofia – História da
Filosofia - -
TEMAS MARIANOS, Viçosa, Editora Folha de Viçosa
Ltda., 1984, 139 p.
A IGREJA E A ESCRAVIDÃO: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL, Rio
de Janeiro, INL/Presença Edições, 1985, 215 p.
A ESCRAVIDÃO: DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS, Viçosa,
Editora Folha de viçosa Ltda., 1988, 117 p.
TEMAS DE HISTÓRIA DA IGREJA NO BRASIL, Viçosa,
Editora Folha de Viçosa Ltda., 1994, 110 p.
TEMAS BÍBLICOS, Viçosa, Editora Folha de Viçosa
Ltda., 1995, 244
DOM OSCAR DE OLIVEIRA: UM APÓSTOLO ADMIRÁVEL,
Viçosa, Editora Folha de Viçosa Ltda, 1999, 169 p.
SEMANA
SANTA, Viçosa, Editora Folha de Viçosa, s.d, 297 p. Teologia – Hermenêutica - Oratória
TEMAS FINAIS, Viçosa, Editora Folha de Viçosa Ltda.,
2003. 518 p.
REFLEXÕES FILOSÓFICAS, Viçosa, Editora Folha de
Viçosa Ltda., 2006, 293 p. ,
JESUS
CRISTO, O SALVADOR, PEDAGOGO
INIGUALÁVEL. Viçosa, Editora Folha de Viçosa, 2016. 489 p.
Será
publicado em 1918: DOM HELVÉCIO GOMES DE OLIVEIRA, - UM NOTÁVEL ARCEBISPO,
Viçosa, Editora Artes Gráficas Ltda.,
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terça-feira, 14 de novembro de 2017
LIVROS PUBLICADOS PELO Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
A MANSÃO DOS MORTOS
A MANSÃO DOS
MORTOS
Côn. José Geraldo
Vidigal de Carvalho
Professamos
no Símbolo dos Apóstolos Que Cristo “ foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro
dia”.
Esta mansão dos mortos é chamada na Bíblia de
os infernos, o Sheol ou Hades (Fil 2,10;Ap 1,18; Ef 4,9).
Aí
os mortos estão privados da visão de Deus.
Este
foi o caso de todos os mortos, pecadores ou justos, aguardando o Redentor.
Sua
sorte, porém, não era idêntica como mostrou Jesus na parábola do pobre Lázaro
recebido “no seio de Abraão” ( Lc 16,22-26).
Eram
almas santas que aguardavam seu Libertador,
as quais Jesus livraria quando
“desceu à mansão dos mortos”.
Está
no Catecismo da Igreja Católica: §631 "Jesus desceu às
profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que subiu" (Ef
4,9-10). O Símbolo dos Apóstolos confessa em um mesmo artigo de fé a descida de
Cristo aos Infernos e sua Ressurreição dos mortos no terceiro dia, porque em
sua Páscoa é do fundo da morte que ele fez jorrar a vida”. Jesus desceu à
“mansão dos mortos” não para livrar os
condenados, nem para destruir o inferno da condenação eterna, mas para libertar
os justos que O haviam precedido. São
Pedro asseverou:” Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos” (1 Pd 4,6).
A descida aos infernos foi o
cumprimento do anúncio evangélico da salvação. Foi a fase última da missão
messiânica de Jesus antes de ir, enquanto homem, para junto do Pai.
Todos os que eram justos se tornavam então participantes
de sua redenção. Cristo desceu na profundidade da morte (Mt 12,24).
Cristo ressuscitado “detinha a chave da morte
do Hades” (Ap 1,18). São Paulo dizia aos Filipenses: “Ao nome de Jesus todo
joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos” (Fil 2,10).
Na “mansão dos mortos”, antes da
ressurreição de Jesus, os justos O estavam esperando para que fosse aberta a
porta do céu e pudessem gozar da visão beatífica.
Assim sendo, a “mansão dos mortos”
referida no Símbolo dos Apóstolos nada tem a ver com o dogma do Purgatório.
A
alma ao sair deste mundo, não estando completamente purificada, deve expiar
durante algum tempo os erros cometidos antes de entrar na glória eterna.
Se ela traz algum vestígio de pecado ou porque
cometeram faltas leves e não as tenha expiado suficientemente neste mundo, bem
como no caso dos pecados mortais já perdoados e não reparados nesta trajetória
terrena, não pode entrar no céu.
Essas
almas têm a graça de Deus e, portanto, a salvação é certa para elas, mas a
justiça divina reclama a purificação no purgatório.
O dogma da comunhão dos santos mostra que se
pode, de fato, abreviar as penas dos que sofrem nesta antecâmara do céu.
Aliás,
todo o mês de novembro é dedicado às almas que lá se encontram.
Saibamos, porém, sufragá-las com nossas preces
e sacrifícios durante todo o ano, pois,
se um dia tivermos que por lá passar, Deus fará que outros se lembrem de nós.
Nunca
se lembra demais a passagem do Segundo Livro dos Macabeus: “Santo e salutar esse pensamento de
orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados" (2 Mc 12,45)
* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
VIGILÂNCIA IMPRESCINDÍVEL
VIGILÂNCIA IMPRESCINDÍVEL
Côn.
José Geraldo Vidigal de Carvalho*
A
Parábola das dez virgens oferece importantes reflexões as quais afloram dos
diversos detalhes da narrativa proposta por Cristo (Mt 25,1-13). Cumpre atinar
com o significado do óleo e também aprofundar o tema da vantagem de não se
saber a hora precisa na qual o ser humano deixará este mundo, entrando na
ultravida. Disto resulta o sábio emprego do tempo, tendo em vista a salvação
eterna, para não se ficar excluído do banquete nupcial. O fato das virgens prudentes não poderem
ajudar as imprevidentes mostra bem que à chegada do esposo divino há certo
isolamento metafísico, dado que a partilha do óleo não é uma simples questão de
quantidade, mas de um amor que ultrapassou limites materiais. Não se pode então
amar no lugar do outro. Há um momento no qual cada um deverá demonstrar até
onde foi seu empenho para poder ingressar no festim eterno. Durante a
trajetória neste mundo a ajuda mútua é sumamente necessária, mas finaliza no
instante no qual começa a decisão individual última concernente à comunidade
dos eleitos. O tempo de preparação é concedido e nele a ajuda mútua é decisiva,
mas na hora da morte cada um estará sozinho com sua esperança, seu amor, suas
boas obras acumuladas no seu cotidiano. O zelo pela salvação dos outros leva
exatamente a fazer crescer em cada um a expectativa de um lugar perene no reino
de Cristo, a uma dileção sempre crescente do que resultam os frutos opimos para
uma recompensa definitiva. Tudo isto exigindo uma vigilância contínua, mesmo
porque toda desatenção poderá ser fatal. A preparação para o encontro final com
Cristo, Deus que se fez homem, não deve ser superficial. Toda a vida do
verdadeiro cristão é, deste modo, uma preparação para o ingresso no banquete
preparado para os que forem dignos. O tempo presente é um dos dons mais
preciosos oferecidos pelo Criador. Uma vez perdido, não se pode recuperá-lo. O
momento da chegada do esposo é decisivo e a hora derradeira é o resumo de todas
as horas vividas até o instante da morte. Daí o motivo porque a
imprevisibilidade deste fato, o mais importante da existência humana, oferece
oportunidade para que cada um esteja de prontidão, alerta à espera de seu
Senhor Cada ato de fé, de amor a Deus e ao próximo, cada esforço para fazer em
tudo a vontade divina estabelece uma relação íntima com Deus. Conhecê-lo mais,
dia a dia, vivendo sob o radar do olhar divino é garantir a entrada na
felicidade sem fim. Será uma tragédia alguém bater na porta do céu, pedir que
ela lhe seja aberta e escutar a resposta de um Deus justo e que fora tão
misericordioso: “Eu não vos conheço”! Ele reconhecerá apenas aquele cujo
coração transformado pela água do batismo, continuamente arrependido de suas
faltas, esteve imerso numa dileção sem limites para com Ele e para com o próximo.
Eis aí o que significa o óleo desta parábola, isto é, representa as boas obras
praticadas envoltas no afeto a Deus e aos semelhantes. Quem as tiver feito
entrará no banquete nupcial e verídico é o refrão: “Tal vida, tal fim”. A vida deve ser uma preparação
consciente para a morte. Aqueles que se apartaram renitentemente do Pai, no
final de sua carreira, não entrarão no reino do céu, cuja porta lhes estará
fechada.
A morte para os que não
seguiram a Cristo e não possuírem o óleo das virtudes é terrível, pois é uma
vida que se acaba e uma eternidade infeliz que se inicia! Que aflição, que
angústia para quem não correspondeu aos desígnios divinos e não cumpriu sua
missão neste mundo! No momento da morte o que vai dar desgosto a cada um é o
que ele buscou por seu próprio gosto e, muitas vezes, com tanto sacrifício
inútil em busca de gozos passageiros e ilusórios Quantos gostariam de voltar no
tempo para refazer seus atos, mas já é tarde. Só então se compreenderá como inutilizou
a existência nesta terra, perdendo a felicidade perene. Entretanto, para quem
cumpriu o seu dever, para quem fez de sua vida um hino de louvor a Deus e de
serviço ao próximo, fechar-se-á a porta do
tempo e logo se abrirão os as portas do céu. O que causou pena, mas foi
suportado com afeto a Deus é que dará aquela alegria que tiveram as virgens
prudentes da parábola de hoje. Toda vigilância é pouca para garantir a salvação
eterna. * Professor no Seminário de
Marina durante 40 anos.
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