MOMENTO DE REFLEXÃO PARA OS CATÓLICOS
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
O último censo realizado no Brasil ofereceu à mídia manchetes sobretudo envolvendo a diminuição de católicos neste país.
O teor dos títulos principais, em letras garrafais nas páginas dos jornais, embora atestem uma triste realidade, mascaram aspecto fundamental desta questão religiosa.
Eis uma destas manchetes: “O catolicismo está em declínio no Brasil”. Não fica claro para o leitor desprevenido se o problema é quantitativo ou qualitativo, ou seja, se os atuais católicos são ou não, em nossos dias, mais intensamente praticantes.
Cabe aos cientistas da Religião mormente das Universidades Católicas e os que trabalham na CNBB estudarem as causas reais do aumento das igrejas evangélicas e proporem medidas imediatas para uma atividade mais dinâmica e organizada da Igreja Católica no território nacional.
A questão no fundo, porém, é de um apostolado vibrante dos católicos, firmados na convicção de que a Igreja Católica oferece sete sacramentos, fontes das graças da redenção; adora o Salvador presente na divina Eucaristia; renova nos altares o Sacrifício salvífico do Calvário; cultua a Mãe de Jesus com especial carinho; invoca com confiança os santos que oferecem tantos exemplos de virtudes e leva a uma interpretação fidedigna dos textos bíblicos sob a orientação do magistério eclesial. Há, porém, necessidade de uma mobilização geral dos católicos a começar dentro dos lares onde os pais devem dar exemplo aos filhos e mostrarem na prática que vivem inteiramente o que o Mestre divino ensinou. Cumpre a cada católico fazer um exame de consciência para ver se não tem se omitido, ingressando nas diversas pastorais que as Paróquias oferecem. É preciso também muita oração para que haja ainda mais santidade no interior da Igreja. É estranho, contudo, o que ocorre com certos jovens que se apaixonando por alguém que não é católico e, ao invés, de lhe mostrar a face verdadeira do catolicismo, se deixa enredar pelos argumentos de seu namorado ou namorada. Abandona desta forma a Igreja na qual foi batizado o que mostra que possuía uma fé debilitada, sem fundamento, insuficiente para o trazer o outro para o grêmio da Igreja católica. O certo é que há necessidade de medidas urgentes para que as previsões tenebrosas dos futurologistas para 2030 não se realizem, de que até lá “os católicos perderão maioria” (sic). Deve-se ter em conta que apesar dos pesares cerca de noventa por cento dos brasileiros são cristãos, acreditam que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, o Messias prometido, única tábua de salvação. Cumpre, porém, levar a todos as riquezas espirituais que a Igreja Católica possui. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
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